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7 maio 2014

FUSÃO ENTRE EMPRESAS DO SETOR
Águas do Centro gera preocupação

A fusão entre várias empresas do setor pode colocar em risco a empresa Águas do Centro, que tem a sua sede em Castelo Branco.
Recorde-se que a Águas do Centro detém a concessão de gestão e exploração do Sistema Multimunicipal de Abastecimento de Água e Saneamento de Águas Residuais da Raia, Zêzere e Nabão, abarcando os concelhos de Alvaiázere, Cas-tanheira de Pera, Castelo Branco, Entroncamento, Ferreira do Zêzere, Figueiró dos Vinhos, Idanha-a-Nova, Mação, Oleiros, Pampilhosa da Serra, Pedrógão Grande, Proença-a-Nova, Sardoal, Sertã, Tomar, Vila Nova da Barquinha e Vila Velha de Ródão, ao que se juntam ainda algumas localidades do Sul do Concelho do Fundão.
A questão foi levantada na Assembleia Municipal de Castelo Branco realizada na passada quarta-feira, dia 30 de abril, ainda no período de antes da ordem do dia, por Carlos Casal, do Partido Socialista (PS).
Carlos Casal começou por recordar que “Castelo Branco passou a integrar a Águas do Centro em 2008”, bem como que a empresa está sob a alçada do Grupo Águas de Portugal, para de seguida se referir à fusão que abrange a Águas do Centro, Águas do Zêzere e Coa, Águas do Norte Alentejano, Águas do Centro Alentejo, Águas do Oeste, Sistema Integrado Multimunicipal de Águas Residuais da Península de Setúbal (SIMARSUL), Saneamento Integrado dos Municípios do Tejo e Trancão (SIMTEJO), Saneamento da Costa do Estoril (SANEST) e Empresa Portuguesa das Águas Livres (EPAL).
Tudo para questionar que a concretizar-se a fusão “quem pode assegurar que o centro de decisão se mantém em Castelo Branco”, não deixando de se referir também “à vertente técnica e aos postos de trabalho”.
Sobre esta matéria, o presidente da Câmara de Castelo Branco, Luís Correia, realçou que a Águas do Centro “é uma preocupação”, revelando estar contra a fusão, desde logo, porque “retira capacidade critica a uma região como a nossa”.
Na defesa da sua posição, Luís Correia acrescentou ainda que “a junção não traz ganhos de eficiência” e foi inclusive mais longe, ao afirmar que aquilo que está na base de tudo isto, “não é um problema de exploração. É um problema de financiamento”.
AT

07/05/2014
 

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