empresa esteve 20 anos em laboração
Impacto da Sotima recordado em tertúlia
Nos 20 anos em que esteve em laboração, a Sotima foi “uma pedrada no charco” que promoveu o desenvolvimento económico do Concelho de Proença-a-Nova, abriu caminho a outras indústrias, teve um impacto significativo em setores como a habitação e restauração e funcionou como escola de mão de obra qualificada, refere a Câmara de Proença-a-Nova, em comunicado. Adianta também que no seguimento da intervenção de António Fernandes, que durante vários anos supervisionou o setor mecânico do complexo, os participantes na tertúlia que recordou a história da empresa foram unânimes em acentuar o seu impacto local.
Depois de iniciar produção em agosto de 1983, a Sotima esteve um ano parada, entre 1992 e 1993, e encerrou definitivamente em 2001. Chegou a ter 525 trabalhadores diretos e cerca de 75 por cento dos aglomerados destinavam-se a exportação, sendo Inglaterra, Espanha, Grécia, Israel e Cabo Verde os mercados de destino. César Figueiredo, que chefiou a área de produção, recordou fatores como a queda do muro de Berlim e a concorrência a Leste, bem como o surgimento do MDF e o aumento dos custos de produção, para explicar a insolvência da empresa.
Recorrendo a dados estatísticos de 1981, António Fernandes apontou a quase inexistência de setor secundário antes da inauguração da Sotima, bem como o impulso posteriormente dado ao comércio e serviços. O testemunho de Francisco Grácio, atualmente proprietário de uma empresa de mediação imobiliária, ilustrou o exemplo de tantos empresários que se fixaram no Concelho depois da passagem pelo complexo instalado no Vale Serrão.
Carlos Silva, da empresa Ambienti d’Interni, afirmou que embora com menos peso a vocação industrial das instalações se mantém, com o atual Parque Empresarial de Proença-a-Nova.
Como destacou o vice-presidente da Câmara, João Lobo, a memória da Sotima perdura “numa terceira fase” do espaço.