União dos Sindicatos de Castelo Branco assinala 35 anos do Serviço Nacional de Saúde
Abaixo-assinado luta pelas maternidades
A União dos Sindicatos de Castelo Branco (USCB) lançou segunda-feira, um abaixo-assinado que pede a “revogação” da portaria que reclassifica os hospitais, argumentando que com “esta portaria”, Castelo Branco e Covilhã, “perdem as maternidades”.
Esta ação da USCB serve para assinalar os 35 anos da criação do Serviço Nacional de Saúde (SNS) em Portugal e insere-se na semana de informação, esclarecimento e luta Pelo Direito à Saúde – defender o SNS.
O coordenador da USCB, Luís Garra, explicou que o abaixo-assinado que pede a revogação ou a alteração da portaria 82/2014 de 10 de abril (que reclassifica os hospitais), tem como objetivo “assegurar por escrito que as valências e especialidades existentes em cada um dos hospitais do Distrito (Centro Hospitalar da Cova da Beira e Hospital Amato Lusitano) se irão manter”.
O sindicalista disse ainda que após a recolha de assinaturas, o documento “vai ser entregue na Assembleia da República e ao ministro da Saúde”.
A USCB, em comunicado emitido na segunda-feira, sublinha que “é verdade que o Governo, pela voz de um seu secretário de Estado, veio dizer que não vai encerrar nenhuma valência ou especialidade no Distrito”.
Contudo, o sindicato realça que “uma coisa é o que se diz e outra, bem diferente, é a que está escrita e a prova é que depois de ter dito isto avançou com uma comissão técnica para decidir em definitivo o que vai fechar, à luz da tal portaria”.
“Não podemos aceitar que isto venha a acontecer. Isto significaria mais um ataque ao SNS e mais um atentado à nossa região que já hoje tem carências gritantes e porque a sua população é cada vez mais afastada dos serviços de saúde”, lê-se no documento.
A USCB alerta também para a “falta de médicos, enfermeiros administrativos e auxiliares” e para os encerramentos de “extensões de saúde, serviços de atendimento permanente (SAP) e serviços de urgência” e sublinha ainda que “aumentaram os tempos de espera nos serviços de urgência”.