Plano 2014-2020
Comunidade da Beira Baixa aprova Plano Estratégico e de Ação
A Comunidade Intermunicipal da Beira Baixa (CIMBB) aprovou quinta-feira, por unanimidade, o Plano Estratégico e de Ação para 2014-2020, que aposta fundamentalmente no agroalimentar, na floresta e na agricultura e no turismo.
“O plano apresenta três eixos estratégicos em que as forças vivas dos seis concelhos entenderam ser fundamental apostar e que são os setores do agroalimentar, a floresta e a agricultura e o turismo natureza”, disse o presidente da CIMBB.
João Paulo Catarino refere ainda que há outras áreas devidamente identificadas no documento, nomeadamente as novas tecnologias, e um conjunto de metas “que nos propomos alcançar” no final deste quadro comunitário de apoio.
“Fizemos um plano estratégico e vamos dizer que nos propomos chegar a 2020, com determinadas metas e para isso vão-nos entregar um montante que ainda não está quantificado e que vem da CCDRC e dos fundos comunitários”, sublinha.
O presidente da CIMBB explica ainda que em relação aos territórios de baixa densidade, que necessitam de um incremento no investimento, “haverá uma gaveta à parte”, em que a gestão fica a cargo da CCDRC, “mas cabe às comunidades apresentar as propostas para os seus projetos”.
João Paulo Catarino considera que o quadro comunitário de apoio está de uma forma geral, “bem desenhado”, mas sublinha que o problema “é o dinheiro que vai ser colocado em cada gaveta” e que em sua opinião, “é insuficiente”.
“Politicamente é correto e o Governo está a alocar grande parte das verbas para as empresas e para o setor privado e a dar menos às câmaras, porque precisamos de um setor privado e económico forte”, adianta.
Contudo, o presidente da CIMBB disse que o problema é que as empresas, provavelmente, não terão grande estrutura financeira para fazer grandes investimentos numa conjuntura destas”.
João Paulo Catarino receia que daqui a dois anos se chegue à conclusão que as empresas não foram capazes de gastar o dinheiro e se recorra mais uma vez, como tem acontecido em todos os quadros comunitários, às câmaras para que sejam estas a investir.
“Nesta fase vai ser muito difícil às empresas investir, porque estão descapitalizadas e não vão ter dinheiro para fazer investimentos”, conclui.