Ministro do Ambiente visita AMS-BR “Star Paper” em Vila Velha de Ródão
Moreira da Silva diz que fábrica é um exemplo a seguir no país
O ministro do Ambiente considerou a fábrica de papel “tissue” AMS-BR “Star Paper”, em Vila Velha de Ródão, um exemplo a seguir no país, “não apenas por razões ambientais mas também económicas”.
“O facto de ter apostado em opções de produção mais sustentáveis ambientalmente, tornou a empresa mais competitiva em termos económicos. E, é essa alteração de paradigma que é hoje muito importante”, referiu, Jorge Moreira da Silva.
O governante deslocou-se no passado sábado, a Vila Velha de Ródão, para visitar a fábrica de papel “tissue”, no âmbito de um projeto de apoio ao desenvolvimento de mercados ecológicos e à eficiência de recursos da AMS-BR “Star Paper” que está entre os finalistas ao prémio “European Enterprise Promotion Awards 2014”.
“Fiz questão de visitar a empresa, na medida em que é um exemplo nacional, europeu e internacional de compatibilização de fatores de competitividade com fatores de sustentabilidade”, explicou o governante.
Jorge Moreira da Silva sublinhou ainda que as opções de produção da empresa, permitem demonstrar “quão errada é a concepção de alguns que consideram o ambiente e a eficiência energética como um custo de contexto e não, pelo contrário, um fator de competitividade produtividade e de emprego”.
O ministro do Ambiente explicou que a AMS, é a única empresa europeia que integrou com a Celtejo, “a cadeia de valor da pasta de papel até à transformação do papel. Este é um exemplo internacional, e é em torno deste exemplo que ganharam uma fortíssima eficiência energética”.
E, segundo Moreira da Silva, esta é a razão pela qual a empresa de Vila Velha de Ródão foi selecionada para a fase final do prémio europeu.
Esta seleção, “resulta do facto de ter conseguido poupanças de energia na ordem dos 18% e poupanças de emissões de CO2 de 11mil toneladas/ano. Estas poupanças têm valor ambiental mas também económico. Hoje, a energia é um custo relevante na produção das empresas e as emissões de CO2 também representam um custo económico”, adiantou.
Por último, o governante citou um estudo recente da Comissão Europeia (CE), que refere que no custo final dos produtos, no setor industrial, os fatores laborais, isto é, o custo de emprego representa 17% do custo final dos produtos, mas os recursos energéticos e materiais, representam 40% do preço final dos produtos.
“Isto quer dizer que quem quiser vencer nesta nova economia terá de ser cada vez mais eficiente na utilização de recursos. Em vez de andarmos sistematicamente a olhar para fatores laborais na competitividade da economia, é cada vez mais importante reduzir a outra fatura, a fatura energética”, concluiu.