Falei na última crónica sobre o Museu Municipal de Manuel Cargaleiro e do Museu Nacional de Francisco Tavares Proença Jr.
Sobre o primeiro elogiei a farda dos seus colaboradores/funcionários.
Relativamente ao segundo ridicularizei, e continuo a não gostar da indumentária adoptada, usada por quem lá trabalha.
Neste fim de semana tive oportunidade de ir a Mérida e ver a monumentalidade daquela cidade, onde os vestígios da Romanização da Península são ali bem evidentes e bem conservados.
A nossa (Egitânia), diga-se Idanha-a-Velha, está lá bem nomeada nos painéis que nos indicam os pontos importantes de vestígios Romanos na Península. É evidente que estão lá outros, como por exemplo Conímbriga, mas detive-me mais sobre o que nos está mais próximo, o que aliás é compreensível e mais aguça a imaginação: IDANHA-A-VELHA.
Quanta história comum, quantos objectos idênticos, quantas histórias de famílias, de escravos, de senhores, de gladiadores, de representações teatrais, enfim uma infinidade de vivências que ainda estão por descobrir nesta Idanha-a-Velha, que terão certamente alguma similitude com o que já está a descoberto em Mérida.
Temos dificuldades económicas, agora mais do que nunca, e compreendo que não é este o tempo certo para avançar com os estudos e escavações que um dia Francisco Tavares Proença Jr. encetou. Chegará o tempo!... Talvez se aparecer ouro, como agora se fala…, e já se falou no tempo da Romanização.
Mas também não sabemos aproveitar ao que nos é dado de boa vontade, sem qualquer custo. Soube que em tempos uma turma de um ano avançado de uma escola secundária da cidade, visitou o Museu Cargaleiro com a sua Professora de Inglês. Pois o trabalho desses alunos, foi fazer um folheto explicativo do Museu, em Língua inglesa. O mesmo aconteceu com a turma de Francês. Foi entregue esse trabalho e, onde está? O Museu continua sem ter explicação noutras línguas.
Pois em Mérida, temos textos e notas explicativas em Inglês, Castelhano obviamente, e na nossa língua ? Língua Portuguesa.

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