SERVIÇO DE FINANÇAS E DE SAÚDE
Fecho de serviços públicos preocupa Idanha
A Comissão de Utentes de Idanha-a-Nova realizou um abaixo-assinado em todo o Concelho, reunindo 2.272 assina- turas, no qual é contestado o possível encerramento do Serviço de Finanças. Os subscritores consideram que, a acontecer, a medida trará um forte prejuízo às condições de vida da população, prejudicando o desenvolvimento do território e com forte impacto na sua desertificação.
Esta preocupação foi tornada pública pela porta-voz da Comissão, Graça Gomes Pissara, no decorrer da sessão extraordinária da Assembleia Municipal de Idanha-a-Nova, realizado dia 11 deste mês.
Na mesma sessão, o cidadão Paulo Lopes, de Salvaterra do Extremo, insurgiu-se contra o encerramento do Serviço de Atendimento Permanente (SAP) do Centro de Saúde Idanha-a-Nova. Alertando para as graves consequências sociais do encerramento daquele serviço, Paulo Lopes apontou factos como, por exemplo, um habitante das Termas de Monfortinho ter de percorrer 75 quilómetros até ao Hospital Amato Lusitano (HAL), em Castelo Branco, ainda que necessitado de cuidados de saúde urgentes.
Com uma ordem de trabalhos constituída sobretudo por atos de eleição e de designação de membros da Assembleia para órgãos distritais e municipais, esta sessão foi dominada pela eminência de decisões das instâncias do poder central poderem vir a encerrar serviços públicos no Concelho de Idanha-a-Nova.
Sobre esta matéria, o presidente da Câmara, Armindo Jacinto, reiterou a sua preocupação, já manifestada em reunião da Câmara do passado dia 8 deste mês. O autarca alertou para os efeitos do encerramento de serviços públicos na competitividade do município, dificultando a fixação de populações e a captação de investimento.
Armindo Jacinto adiantou que a autarquia está disponível para assegurar a cedência gratuita das instalações em que atualmente funciona o Serviço de Finanças, no edifício dos Paços do Concelho.
O autarca interveio ainda para dar conhecimento dos contactos havidos com o responsável pela Unidade Local de Saúde de Castelo Branco (ULSCB) e para sublinhar que, quer a nível municipal, quer no âmbito da Comunidade Intermunicipal da Beira Baixa, quer ainda em articulação com a sociedade civil, terão de ser contrariadas as medidas de centralização dos serviços públicos impostas pelo Governo.