Edição nº 1892 - 23 de abril de 2025

Joana Lourenço
OBRIGADA, FRANCISCO…

O passado dia 21 de Abril de 2025 amanheceu chuvoso - a Terra, a nossa “Casa Comum” de que o Papa Francisco tanto gostava, de que sempre cuidou e instou a cuidar, chorava a sua partida para o Pai.
Belo dia para a despedida – segunda-feira de Páscoa, dia pleno de Esperança e de possibilidades, tempo de passagem e de recomeços.
Reunido com o Pai nesta época tão especial para os Cristãos, Francisco deixa-nos, para além de um exemplo de vida, uma missão.
Incapaz de se conformar com as injustiças e a falta de Amor, o Papa convida-nos, sempre com um sorriso, a voltar ao essencial.
Gratidão, Humildade e Gentileza foram, mais do que palavras de ordem, valores que sempre praticou e que pedia ao mundo que não esquecesse, através da repetição das “três” palavrinhas básicas de toda a convivência humana e, principalmente, cristã: “Obrigada/o. Desculpa. Por favor.”
A forma como carregou a sua cruz, como mostrou a sua fragilidade e a sua vulnerabilidade, com coragem, abnegação e amor, mostrou-nos como pode ser belo o sofrimento, se oferecido por um bem maior, por um Amor maior.
Deste Homem profundamente bom, havemos de recordar para sempre a ternura, a alegria, a pureza e a simplicidade com que exercia o seu poderoso Ministério.
Agora, recuperado das provações terrenas e finalmente liberto de todo o cansaço e sofrimento, estará, seguramente, a velar por nós, advogando, incansável, pela nossa salvação.

Festejemos, portanto!
Regozijemo-nos com o dom da sua vida, com tanto Bem recebido e partilhado, com as maravilhas que nos revelou, com a beleza da sua escrita, com a alegria contagiante da sua gargalhada.
Alegremo-nos e exultemos, pois, pelo privilégio que foi o seu pontificado, a nobreza da sua entrega e a firmeza da sua vocação e da sua fé.
Não deixemos apagar a chama da vida, da alegria, da magia, da beleza, da simplicidade, da mudança, que ele acendeu nos nossos corações e principalmente no coração da Igreja…
Com Francisco, o mundo foi instado a perceber que é muito mais o que nos une, do que aquilo que nos separa, que caminhamos juntos, que somos uma só família e que Todos, Todos, Todos, sem excepção – crianças, adolescentes, jovens, adultos, idosos - são chamados a contribuir com os seus dons individuais para construção do lar e do bem comum.
Inclusão, acolhimento, amor, alegria, serviço – eis os fundamentos da Igreja sonhada por Francisco, incubada nas famílias do mundo inteiro, primeiras testemunhas do poder do Evangelho e daí transbordando para a sociedade, através da partilha e do exemplo.
Somente nos resta estar à altura, responder ao chamamento, ceder à interpelação e, desinstalando-nos dos nossos pequenos mundos, rotinas e prisões, seguir o exemplo de Francisco: em tudo Amar e Servir, para a maior glória de Deus.
Caminhando sempre como Peregrinos da Esperança, unidos, compassivos, humildes, em busca de transformação e encontro com Deus e alimentados pela oração, para não cairmos no desespero.
Obrigada por tudo, Francisco. Desculpa a nossa tristeza. Por favor, intercede por nós.

23/04/2025
 

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