António Tavares
Editorial
O começo de um novo ano é sinónimo de aumentos, com o inevitável reflexo na carteira. Mas para os utilizadores da Autoestrada da Beira Interior (A23), bem como para outras antigas autoestradas sem custo para o utilizador (SCUT), um pouco por todo o País, a realidade foi diferente. Assim, desde o dia 1 de janeiro, nessas antigas SCUT deixaram de se pagar portagens. Foi deste modo restabelecida a justiça para quem resiste em viver em zonas mais desfavorecidas, como é o caso da Beira Interior.
Com a eliminação das portagens as deslocações ficam mais fáceis e seguras, além de mais baratas, quer para os cidadãos, quer para as empresas e indústrias, sendo que nestes dois últimos casos tal pode trazer vantagens, com o estabelecimento de mais investidores no Interior.
Com o fim das portagens na A23 está terminada uma luta que se arrastou por vários anos, mas em matéria de vias de comunicação continuam a persistir outras lutas, que também duram há vários anos. É o caso da construção do Itinerário Complementar 31 (IC31), que assegurará a ligação, em perfil de autoestrada, entre a A23 a fronteira com Espanha.
A exemplo da A23, também o IC31 é de vital importância para a Região, uma vez que além de melhorar a comunicação no território nacional, também o faz com a vizinha Espanha e, numa perspetiva mais alargada, com a Europa, permitindo obviamente o desenvolvimento económico.
Assim, a luta pelo IC31 continua, com a esperança que a sua construção se concretize o mais rapidamente possível.