O presidente da Comissão Política Concelhia do Partido Social Democrata (PSD) de Castelo Branco, Pedro Lopes, demitiu-se, e adianta que tal “se deve a divergências estratégicas relativamente às eleições Autárquicas de 2025, nomeadamente relacionadas com o processo de escolha dos candidatos e o não envolvimento da Comissão Política Concelhia neste processo”.
Pedro Lopes realça que o PSD “é um partido que se rege por estatutos, regulamentos e estruturas que devem ser respeitados”, pelo que “cabe à Comissão Política Concelhia dar parecer sobre as candidaturas aos órgãos das autarquias locais e aprovar o programa eleitoral, sob proposta da Comissão Política”. Tudo para garantir que tal “não está a acontecer”, uma vez que “observa-se que, à semelhança do ocorrido aquando das eleições Autárquicas de 2021, quando o PSD de Castelo Branco obteve o pior resultado da sua história, os candidatos e programas eleitorais estão, novamente, a ser impostos pela Comissão Política Distrital em articulação com a Comissão Política Nacional”.
Pedro Lopes revela que “ao longo deste processo manifestei de forma inequívoca o meu total desagrado com a forma como o mesmo estava a ser conduzido. Saliento que, numa clara extrapolação das suas funções, o presidente da Comissão Política Distrital assumiu, perante a Comunicação Social, conversações e diálogos com outros partidos, falando em nome da Comissão Política Concelhia, sem nunca e tal como se impunha ter falado ou articulado com a minha pessoa e de acordo com a qualidade que assumia”.
Revela também que “o único envolvimento da Comissão Política Concelhia no processo das eleições Autárquicas remete-se a três reuniões iniciais. Uma reunião com o SEMPRE – Movimento Independente, no dia 23 de julho de 2024; uma reunião com o Centro Democrático Social/Partido Popular (CDS/PP), no dia 30 de julho de 2024; e, por fim, reunião com a Iniciativa Liberal (IL), no dia 02 de agosto de 2024”.
Reunião em relação às quais Pedro Lopes esclarece que “visaram, única e exclusivamente, auscultar as opiniões e posicionamento destes partidos, face aos muitos problemas observados na cidade de Castelo Branco” e sublinha que “após estes encontros iniciais, o presidente da Comissão Política Distrital, em articulação com o SEMPRE, e o coordenador autárquico nacional assumiram o processo, arredando a Comissão Política Concelhia”.
Relembra também que “em julho de 2022, assumi a presidência da Comissão Política Concelhia ciente do enorme desafio que tinha pela frente, onde eleitos e estrutura política não dialogavam e os resultados não nos eram favoráveis. No meu primeiro mandado, enquanto presidente da Comissão Política Concelhia, eu e a minha equipa trabalhamos para inverter o estado em que a estrutura concelhia se encontrava, tendo conseguido revitalizar o partido, recuperar militantes, envolver militantes e trazer novos militantes. Deste modo, temos atualmente uma estrutura local mais dinâmica e competente, com maior capacidade de resposta e de atuação”.
Destaca que, “lamentavelmente, o meu segundo mandato de presidente da Comissão Política Concelhia encerra menos de dois meses após começar”, para avançar que “não estou disponível para compactuar com atropelos à estipulação estatutária, com o desrespeito a órgãos locais nem, sobretudo, com a falta de compromisso com o Concelho e o seu futuro político” e garante que “jamais irei contra os meus princípios e valores, nem desonrei os compromissos que assumi perante os militantes do meu partido, nomeadamente os assumidos aquando das eleições que me reelegeram de forma inequívoca como presidente da Comissão Política da Secção de Castelo Branco em 12 de outubro de 2024”.

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