Edição nº 1870 - 20 de novembro de 2024

NA PRÓXIMA SEXTA-FEIRA, 22 DE NOVEMBRO
MaZela apresenta Desgostos em Canções de Colo no Cine-Teatro Avenida

O projeto MaZela, da Albicastrense Maria Roque, leva ao palco do Cine-Teatro Avenida, na próxima sexta-feira, 22 de novembro, às 21h30, o EP de estreia Desgostos em Canções de Colo. Trabalho que tem a chancela da editora Albicastrense Skud & Smarty Records, que também edita os Norton e as coletâneas Super Castelo Branco, e conta com o apoio da Fundação GDA.
Recorde-se que o projeto MaZela foi criado em 2020 por Maria Roque, na voz e na guitarra e, mais tarde, passou a contar com Alexandre Mendes numa segunda guitarra.
O single de apresentação, Naveguei (onde outros vão), foi lançado em dezembro de 2023, tratando-se de uma “canção que transforma desgostos em abraços através da voz doce de Maria Roque”. Este primeiro trabalho foi lançado acompanhado de um lyric vídeo realizado por Manuel Melo, Beatriz Leão e Ema Oliveira e é de referir que Naveguei teve uma primeira edição que integrou a coletânea Super Castelo Branco, editada em outubro de 2023.
Já em janeiro deste ano, o segundo single, Luz no Escuro, foi lançado, sendo uma canção que “nos leva numa dança delicada entre a hesitação e a coragem, entre o receio da escuridão e a promessa de luz”, que veio acompanhada de um videoclipe filmado em plano-sequência, pelo realizador Henrique Lourenço.
Pelo meio MaZela, entre 2022 e 2023 passou pelos festivais Bons Sons, Super Bock Super Nova e Apura.
Este ano, em maio, MaZela venceu o Festival Termómetro 2024, concurso para novos projetos musicais, o que lhe valeu atuações nos festivais Alive, em julho, no Passeio Marítimo de Algés, Concelho de Oeiras; Bons Sons, em agosto, na aldeia de Cem Soldos, Tomar; e Vodafone Paredes de Coura, também em agosto. Além disso ganhou também a possibilidade de gravar um videoclipe, bem como o acesso a 10 horas de gravação em estúdio.
A par disto, MaZela pisou outros palcos, nomeadamente o da Feira do Livro de Coimbra, em junho, mês em que também subiu ao palco da Galeria ZDB, em Lisboa, onde abriu o espetáculo da Norte-Americana Kara Jackson. Em julho atuou no Palco Heineken dos NOS Alive, em Oeiras, e no Festival Mêda+.
De destacar, também, que a voz e a guitarra de Maria Roque podem ser ouvidas na Canção a Zé Mário Branco, integrado no álbum 2 de Abril, de A Garota Não.
Mais recentemente conheceu a luz do dia o terceiro single, Entre Amor e Ódio, no qual “somos abraçados pela melodia, que nos convida a aceitar as nossas imperfeições e a encontrar a capacidade de crescer a partir delas”. Entre Amor e Ódio é uma canção que inclui a participação de A Garota Não, entre mais de uma dezena de artistas e amigos que se uniram para cantar em uníssono o coro final.
Tudo isto antecedeu a lançamento, dia 12 deste mês, do EP de estreia, Desgostos em Canções de Colo. EP que já incluiu concertos de apresentação no Maus Hábitos, no Porto, e no BOTA, em Lisboa.
O Cine-Teatro Avenida de Castelo Branco recebe, na próxima sexta-feira, 22 de novembro, um novo concerto de apresentação, seguindo-se a Blackbox do CAAA, em Guimarães, no próximo sábado, 23 de novembro; o Lúcia-Lima, em Cadima, dia 30 de novembro; e a S.H.E., em Évora, dia 7 de dezembro.
Com a apresentação de Desgostos em Canções de Colo como pano de fundo, a Gazeta do Interior dá-lhe a conhecer, na primeira pessoa, a origem, evolução e futuro do projeto da jovem Albicastrense Maria Roque.
Gazeta do Interior (GI): Quando surgiu o interesse pela música? Porquê?
MaZela: Já cantava nas minhas primeiras memórias e também nas que fui construindo, a partir das histórias que me contam os meus pais. Uma das minhas brincadeiras em criança era reescrever letras de músicas que ouvia nos desenhos animados, fazer coreografias e dançar com a minha irmã e a nossa melhor amiga. Até tínhamos uma banda... Depois, graças aos meus pais, tive aulas de piano desde muito nova e cresci numa casa onde a música sempre esteve presente.
GI: Como surgiu a ideia de criar o projeto MaZela?
MaZela: Comecei a compor na faculdade, em especial durante o meu Erasmus, em Turim. Acredito que a adversidade dessa experiência foi uma espécie de catalisador e que, a partir daí, descobri que me era mais fácil processar emoções fortes através da música. MaZela surgiu desse papel de colo para os meus desgostos, e o nome mazela tem a feliz coincidência de conter o verbo zelar na palavra ferida. Por volta dessa altura conheci também o Alex, que me acompanha na guitarra e que tem um papel muito importante na gravação e produção das músicas.
GI: Qual a mensagem que se pretende transmitir?
MaZela: As mensagens destas canções partem de verbalizações que, na sua essência, se dirigem a mim. Nesse sentido, transmitir uma mensagem não tem sido um objetivo em si, mas sim, dialogar comigo mesma sobre aquilo que me inquieta, até chegar a um lugar de paz e norte em relação ao que me levou a pegar na caneta. Claro que me dá um grande gosto quando me dizem que se identificam com as letras, mas acredito que muito desse processo de identificação é da responsabilidade de quem as interpreta, uma apropriação à sua maneira, para aquilo que podem estar a precisar de ouvir naquele momento.
GI: Que significado teve vencer o Festival Termómetro 2024? Isso abriu novas portas? Que valor é dado à participação em vários festivais a nível nacional?
MaZela: Foi um prazer enorme participar num concurso nacional com tanto profissionalismo e qualidade artística, partilhar o palco com amigos, ter outros tantos no público e ter recebido o primeiro prémio. Foi também o início da nossa experiência em equipa, com o Rodolfo e o Henrique, a quem se têm somado outras tantas contribuições preciosas, e que nos permitiu perceber a riqueza de não estarmos sós. Acima de tudo, foi um momento de grande desafio pessoal, que me permitiu enfrentar alguns monstros e aprender que a exposição não tem de ser um bicho de sete cabeças. Certamente abriu várias portas, deu-nos a possibilidade de pisar grandes palcos, conhecer alguns artistas que muito admiramos e partilhar as nossas canções.
GI: Que significado tem a realização deste concerto na cidade natal de Maria Roque?
MaZela: É um prazer muito grande levar MaZela ao Cine-Teatro Avenida, por ser uma casa com uma história tão rica, na cidade onde guardo a minha infância e adolescência com grande carinho. Será a primeira vez em nome próprio, e inserido na primeira digressão que fazemos, e isso obviamente vai tornar esta noite numa ocasião muito especial, mas já tivemos a felicidade de partilhar o palco do Cine-Teatro Avenida com outros artistas da cidade nas Noites do Clube. Claro que o facto de estarmos a apresentar este primeiro disco, fruto de tanto suor e caminhos cruzados, torna este concerto num dos mais especiais.
GI: Quem vai estar em palco? Que podem esperar os espectadores?
MaZela: No palco vou estar ao lado do Alex, para apresentar as canções que compõem o primeiro disco Desgostos em Canções de Colo e, quem sabe, mais uma ou outra surpresa. Vai ser uma noite especial para nós, e esperamos que também para quem se juntar. Queremos muito poder contar com todos para vos acolher e abraçar com as nossas canções.
GI: Quais os objetivos para o futuro?
MaZela: Essencialmente, queremos continuar a fazer aquilo que gostamos e, enquanto nos derem palco, teremos todo o gosto em partilhar e multiplicar aquilo que de bom nos tem trazido.
António Tavares

20/11/2024
 

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