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Edição nº 1869 - 13 de novembro de 2024

EM 36ª EDIÇÃO, NA BIBLIOTECA MUNICIPAL ANTÓNIO SALVADO
Jornadas de Medicina recordam António Salvado

A Biblioteca Municipal António Salvado, em Castelo Branco, acolheu, na passada sexta-feira e sábado, 8 e 9 de novembro, uma nova edição das Jornadas de Medicina na Beira Interior da Pré-História ao Século XXI, coordenada pelo médio António Lourenço Marques e pela geógrafa Adelaide Salvado. Nada mais, nada menos, que a 36.ª edição, o que faz desta iniciativa realizada pela primeira vez em 1989, um exemplo de longevidade, reunindo investigadores que abordam a vida e obra de João Rodrigues, mais conhecido como Amato Lusitano, nome de referência da Medicina europeia no Século XVI, bem como outros temas da história da Medicina na vertente das Ciências Sociais e Humanas.
Na sessão de abertura, António Lourenço Marques, que foi um dos mentores das Jornadas, a par de António Salvado, começou por destacar que as Jornadas são “um acontecimento que acrescenta valor a um bem importantíssimo que é a cultura”, para logo de seguida sublinhar que, “infelizmente, um dos nossos fundadores, António Salvado, já não se encontra nesta mesa, onde esteve durante 34 anos”. António Lourenço Marques fez questão de frisar que “com o seu desaparecimento fechou-se um ciclo”, para afirmar que “se estas são as segundas Jornadas sem António Salvado é porque ele continua a ser um propulsor deste projeto”.
António Lourenço Marques referiu-se de seguida aos Cadernos de Cultura Medicina na Beira Interior da Pré-História ao Século XXI, para realçar que “nos seus 38 números já foram publicados cerca de 600 trabalhos, 172 dos quais dedicados a Amato Lusitano”, não deixando, por outro lado, de ter em consideração que as Jornadas “já trouxeram a Castelo Branco muitas figuras que trouxeram saber, as suas investigações”, com destaque para “Adelaide Salvado e Alfredo Rasteiro, que participaram em todas as 36 Jornadas”.
Presente na sessão, o vice-presidente da Câmara de Castelo Branco, Hélder Henriques, a exemplo de António Lourenço Marques, também se referiu “a um momento importante aqui, hoje, agora”, não deixando de salientar “mais um ano sem a presença de um dos seus maiores, António Salvado”.
Hélder Henriques reforçou a vertente do “momento importante”, porque “todos nós, cada vez mais, precisamos de cooperar, de partilhar. É um imperativo” e defendeu que “sem diálogo, sem conhecimento, não avançamos e a partilha de conhecimento é o que acontece aqui há muitos anos”.
Focado nas Jornadas, Hélder Henriques apontou ainda para sua relação com a iniciativa. Ao referir-se a “um primeiro andamento, quando assisti a estas jornadas, como estudante. Num segundo andamento, como investigador, em que em duas ou três edições contribui com textos. E o terceiro andamento, agora, como representante dos Albicastrenses, agradecendo o trabalho da organização destas Jornadas que cruzam a História com a Medicina”.
Hélder Henriques revelou que “foi aqui que nasceu a vontade de fazer uma tese de doutoramento sobre uma escola de enfermagem, da Escola de Enfermagem Dr. Lopes Dias. Isso nasceu aqui”, tratando-se de “algo que cruza-se a História, a Medicina, a Saúde, a Educação”.
A sessão de abertura contou ainda com a conferência Literatura, Medicina e outras artes – António salvado e os distantes acenos, bem como a inauguração da exposição fotográfica O Exílio e a Longínqua Lembrança, de alunos da Escola Superior de Artes Aplicadas (ESART) de Castelo Branco, e a apresentação do filme Amato Lusitano: A Ciência e o Humanismo.
No passado sábado, 9 de novembro, ao longo de todo o dia nas cinco mesas realizadas estiveram em destaque António Salvado e, claro está, Amato Lusitano, além de outros temas.
Um momento alto das Jornadas consistiu na apresentação da antologia de poetas ibero-americanos pela paz, dedicada ao secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, O Corpo do Coração, organizada por António Lourenço Marques, Pedro Salvado, Pérez Alencart e João Artur Pinto.
António Tavares

13/11/2024
 

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