O som dos sinos vai voltar a encher Castelo Branco, no próximo dia 9 de novembro, com a terceira edição do Dia dos Sinos organizada pela Câmara e Junta Freguesia Castelo Branco e pelas Paróquias de São Miguel da Sé, São José Operário e Nossa Senhora das Preces da Diocese de Portalegre e Castelo Branco.
Depois da primeira edição ter como palco principal o Centro Cívico de Castelo Branco e a segunda o Largo da Sé, este ano, será a vez da Alameda do Cansado ter o protagonismo, com um programa que apresenta algumas novidades.
Na apresentação da iniciativa, o presidente da Junta de Freguesia de Castelo Branco, José Dias Pires, voltou a recordar que “Castelo Branco é uma cidade sineira, pelos sinos existentes nas igrejas e capelas”.
José Dias Pires avançou depois que o programa do Dia dos Sinos começa às nove horas, no Largo da Sé, com uma largada de pombos acompanhada pelo repique dos sinos.
Logo a seguir, às 9h30, tem lugar uma das novidades da edição deste ano do Dia dos Sinos, com a inauguração da exposição de arte urbana Sinos de Santo António. Uma mostra que estará patente na Rua dos Ferreiros, na Praça de Camões e na Rua de Santa Maria e que consiste nos trabalhos de 11 urban sketchers, com “um total de 43 posters, em portas e janelas de edifícios degradados”.
A segunda novidade será apresentada a partir das 10 horas. Trata-se da abertura da Instrumenteca, no primeiro piso da Casa do Arco dos Bispo, mas que mais tarde, como avançou José Dias Pires, ficará instalada na casa onde nasceu António Salvado, na Rua D’Ega. Na Instrumenteca poderão ser apreciados instrumentos musicais da coleção particular de César Viana, sendo que nos primeiros três meses a mostra se intitulará Caminhos de Camões.
Já na parte da tarde, às 15h30, tem início o Diálogo Sinarmónico, sendo que nas traseiras da Igreja de São José Operário (Igreja do Cansado) atuarão o Carrilhão de Constância e a Banda Filarmónica Cidade de Castelo Branco. Aqui também com uma novidade em comparação com os espetáculos do Dia dos Sinos nas duas edições anteriores, uma vez que se nos dois anos anteriores a atuou o Carrilhão de Constância e outro grupo, com alguns dos temas em simultâneo, este ano toda a atuação será em simultâneo.
A partir das 17 horas, na Igreja do Cansado, realizar-se-á o Ouvir & Amar. Um momento que inclui um concerto do órgão de tubos da Igreja, por José Carlos Oliveira, e um recital de poesia Camoniana, pelo Váatão – Teatro de Castelo Branco.
O programa chegará ao fim depois das 22 horas, na Fábrica da Criatividade, com o projeto Convite (Um Miguel Carvalhinho Desconcertante, num Concerto com Amigos).
Presente na sessão, o padre Nuno Folgado realçou que, “no ano passado, o momento alto foi o concerto de órgão de tubos da Sé, que data do século VIII”, para afirmar que este ano será “o concerto do órgão de tubos da Igreja do Cansado, que é de Inglaterra, do século XX e foi comprado e montado na Igreja do Cansado no início do Século XXI”.
Nuno Folgado referiu-se ainda à Instrumenteca, que “perdurará para além do Dia dos Sinos. Nasce no Dia dos Sinos, é filha do Dia dos Sinos e ultrapassará o próprio pai”.
Por seu lado, o presidente da Câmara de Castelo Branco, Leopoldo Rodrigues, destacou que o “Dia dos Sinos é um dia marcante, pela ligação entre os sinos, os seus sons e a comunidade” e acrescentou que esta iniciativa “só é possível devido a esta parceria a três”, não deixando de “destacar o entusiasmo com que o presidente da Junta iniciou esta atividade”.
Leopoldo Rodrigues também não perdeu a oportunidade de se referir à Instrumenteca, como um elemento marcante no panorama cultural de Castelo Branco, que resulta da disponibilidade de um particular que tem mais de 300 instrumentos”, para destacar a importância da sua instalação na casa da Rua D’Ega, “uma casa histórica ligada ao poeta António Salvado”.
António Tavares

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