António Tavares
Editorial
A Saúde está em destaque há muito tempo, na maior parte das vezes, não pelos melhores motivos. Os problemas são mais que muitos, desde o número de cidadãos que não tem médico de família, até à dificuldade e demora para se conseguir marcar uma consulta médica, passando pela tão falada falta de médicos e de outros profissionais de Saúde, sem esquecer os constantes fechos dos serviços de urgência, principalmente de Obstetrícia, Ginecologia e Pediatria. Estes são apenas alguns dos exemplos que podem ser dados, mas que vêm demonstrar que o Serviço Nacional de Saúde (SNS) está doente e a necessitar de um tratamento urgente, para que não entre em coma.
Ou seja, algo tem que ser feito, urgentemente, para que o SNS sobreviva e seja eficaz, até porque há que ter em consideração que o SNS, desde que foi criado, é um orgulho para o País e um serviço de inegável utilidade pública, principalmente se comparado com sistemas existentes noutros países, um pouco por todo o Mundo, sendo de considerar que alguns nem sequer o têm.
E por falar em Saúde, no passado sábado, um pouco por todo o País, a Liga Portuguesa Contra o Cancro organizou a caminhada Pequenos Passos, Grandes Gestos®, que teve como objetivo sensibilizar para o cancro da mama. Uma doença devastadora que afeta principalmente as mulheres, mas que também atinge os homens, e para o qual há uma boa notícia, uma vez que a idade mínima para o rastreio vai baixar para os 45 anos e será alargado até aos 74 anos. A prevenção ganha assim terreno, como devia acontecer em tudo o que se relaciona com a Saúde.