A Sociedade dos Amigos do Museu Francisco Tavares Proença Júnior, em colaboração com a Junta e Assembleia de Freguesia de Castelo Branco e com o apoio da Pinacoteca, CRL – Cooperativa Cultural José Barata de Castilho, organiza, no próximo fim de semana, 19 e 20 de outubro, as jornadas de arqueologia Arqueologia da Freguesia de Castelo Branco - Passados, que matérias? Futuro, que horizontes?.
Na apresentação das Jornadas, o presidente da Sociedade, Hermann Scheufler, destacou a importância da iniciativa, apontando para o interesse de se falar do passado e do futuro da Freguesia de Castelo Banco.
Na mesma linha, Pedro Salvado, destacou o facto das Jornadas destacarem “a afirmação da Arqueologia a esta cidade e freguesia” e sublinhou que “foi em Castelo Branco que se começou a vincar a Arqueologia ao Distrito de Castelo Branco, através do patrono do Museu, Francisco Tavares Proença Júnior”. Isto para considerar, no entanto, que o facto da “Freguesia de Castelo Branco ter sido o berço, não quer dizer que tenha havido constância” e, também daí, “as Jornada serem fundamentais para perceber onde estamos e onde queremos ir”.
Pedro Salvado afirmou que há que ter atenção “o inventário do que foi feito. Pensar o passado, identificar lacunas, para determinar o futuro” e aproveitou para reiterar que “estamos no berço da arqueologia regional, mas, depois, não evoluímos”.
Por seu lado, o presidente da Junta de Freguesia de Castelo Branco, José Dias Pires, defendeu que “as Jornadas justificam-se. Só se perde por serem tardias”, para mais à frente assegurar que “as potencialidades arqueológicas da Freguesia são fantásticas”, até porque na linha das intervenções anteriores, reforçou que “a Freguesia de Castelo Branco é a pátria da arqueologia da Beira Interior”.
José Dias Pires defendeu também que “as Jornadas vão abrir a porta para que este trabalho possa definitivamente ser feito”, referindo-se ao estudo e desenvolvimento da Arqueologia.
O programa das Jornadas tem início no próximo sábado, 19 de outubro, na Casa do Arco do Bispo, onde a partir das 9h30 decorre a receção dos participantes nas jornadas, que tem a sessão de abertura marcada para as 10 horas, com o tema Passados, que matérias?, com Hermann Scheufler, José Dias Pires e com um representante CCDR Centro, com a moderação de Carlos Banha, Maria Celeste Capelo e Manuel Costa Alves.
A partir das 10h45 realiza-se o painel Do Triângulo Arqueológico S. Martinho, Santa Ana, Senhora de Mércules à paisagem periurbana Albicastrense: Cronologias, identidades, agentes e palavras, por Pedro Salvado e Joaquim Batista.
Segue-se, às 11h15, Castelo Branco, as rotas naturais da transumância, e arte rupestre, por Nuno Miguel da Conceição Ribeiro.
Nas pegadas de Tavares Proença Jr.: de regresso ao Monte de São Martinho (Castelo Branco) é o tema abordado por Pedro Emanuel Soares Batista, a partir das 11h45.
A partir das 12h15 é a vez do tema A época romana na Freguesia de Castelo Branco: Uma visão preliminar através da arqueologia, por Edgar Fernandes, seguindo-se um debate.
O segundo painel começa às 14h30, com o tema O castelo templário de Castelo Branco - circunstâncias históricas e desafios, por Nuno Villamariz Oliveira.
Segue-se, às 15 horas, A alcáçova de Castelo Branco. Arqueologia e arquitetura, por Carlos Boavida e Pedro Vasco Martins.
As diferentes dimensões do ensino da história na atualidade é o tema apresentado por José Carlos Moura, a partir das 15h30.
A partir das 17 horas são apresentados os pósteres Arqueologia no Castelo de Castelo Branco, de José António Pereira e Rosa Mateos; Produções das olarias da vila de Castelo Branco na Idade Moderna: uma introdução, de Pedro Miguel Salvado, António Veríssimo Bispo e Joaquim Batista; Intervenção na casa da Rua d'Ega n.º27/29 (Castelo Branco) - Primeira leitura, de Joana Bizarro, Paulo Calaveiras, José Paulo Duarte e Pedro Salvado; Breve leitura da micro-história da arte Albicastrense através de cinco fragmentos escultóricos, de Diana Salvado, André Gonçalves e Pedro Salvado.
Às 18h15 tem início uma visita guiada ao Solar dos Cardosos/Pinacoteca CRL, na Rua do Arco do Bispo.
A partir das 18h45 é lançado o fac-símile Antiguidades - (1903) de Francisco Tavares Proença Júnior, por Maria Adelaide Neto Salvado e Pedro Salvado.
À noite, a partir das 21h30, na Casa do Forno, na Rua de Santa Maria, tem lugar um concerto com Miguel Carvalhinho.
No próximo domingo, 20 de outubro, o programa começa às 10 horas, na Casa do Arco do Bispo, com o terceiro painel, com o tema Necrópole do adro da Sé de Castelo Branco: trabalhos de arqueologia de emergência na cidade em 2004, por Maria Pilar Miguel dos Reis.
A partir das 10h30 Carla Sofia Alçada Alegria Ribeiro apresenta uma comunicação.
Património(s) e Cidadania. Exercício(s) de memória adiados é o tema apresentado por Júlio Vaz de Carvalho, a partir das 11 horas.
A sessão de encerramento das jornadas está marcada para as 12h45, contado com a presença dos presidentes da Câmara e da Junta de Freguesia de Castelo Branco, Leopoldo Rodrigues e José Dias Pires.
Na parte da tarde, a partir das 14h45, realiza-se uma visita guiada à Igreja de Santa Maria do Castelo, Castelo, Muralhas, Sítio da antiga Judiaria, Solar dos Cavaleiros, Praça de Camões, Torre de Relógio, Rua d’Ega e Sé.
António Tavares

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