O Festival de Cinema Gardunha Fest., que teve a sétima edição dias 30 e 31 de agosto e 1 de setembro, organizado pela Histéricvo – Associação de Artes, em colaboração com a Câmara do Fundão, distinguiu seis filmes.
Assim, o o Prémio Público Gardunha Apartments foi para Outras vidas, do Covilhanense Luís Agostinho. O realizador, além de filmagens num conhecido restaurante da Covilhã, teve a Serra da Gardunha como principal cenário, mais especificamente, a aldeia de Louriçal do Campo, tendo alguns dos habitantes participado como atores, num filme cheio de misticismo que entusiasma com uma história de ambição por riqueza e vingança. Nesta categoria as menções honrosas foram para Motus, do Fundanense Nelson Fernandes e para Ocularis, dos Argentinos Juan Maya e Alejandro Bogado.
Na categoria Nacional – 18 anos, o primeiro lugar foi para Hellish Whisper, de Dinis Castro Araújo.
Já na categoria Nacional o vencedor foi Monstros, de Carlos Calika e com as entidades produtoras, Ajidanha - Associação de Juventude de Idanha-a-Nova e o Teatro Amador de Pombal.
Na categoria Internacional o venceu Third Wheel, do Suíço Kevin Haefelin.
O Gardunha Fest., que se anunciava como “mais que um festival de cinema, começou dia 30 de agosto, na sala d’A Moagem, no Fundão, sendo a abertura feita com a curta (extraconcurso) O Céu em Volta, realizada pelo realizador Rodrigo Cruz Silva, natural de Alcains, há mais de dois anos, “em Lisboa, Alcains, Lardosa, Castelo Novo e na Serra da Gardunha, e serviu como uma espécie de escola”, afirma o realizador, uma vez que nunca estudou cinema. E acrescenta que “houve um toque de paranormalidade na relação com a entidade que financiou o projeto, uma vez que, por magia, o montante prometido pela Câmara de Castelo Branco para a rodagem do filme só apareceu dois anos depois, talvez já auspiciando o cunho bianual do Gardunha Fest.”.
Ainda durante a tarde, esteve presente Ana Couto, programadora do Cineclube da Guarda; João Ferreira, sócio cofundador da CISMA - Associação Cultural, na Covilhã; José Oliveira, programador do Cineclube Gardunha, no Fundão; e Afonso Fontão, presidente ST Arte, de Castelo Branco. Em mesa-redonda, com o mote O Cinema na Beira Interior, além de exporem as muitas as atividades desenvolvidas relacionadas com cinema, para todo o tipo de público e para todas as idades, admitiram ser difícil captar público para um tipo de cinema não comercial. Também incentivaram mais iniciativas e colaborações entre os quatro cineclubes.
Sexta-feira terminou com um concerto que marcou a estreia em palco de Xico Gaiato.
A tarde de sábado começou com o tributo, numa homenagem póstuma, a Diamantino Gonçalves, com um filme de João Dias, expondo-se imagens e textos de Diamantino Gonçalves. Seguiu-se a palestra Lendas e mistérios da Gardunha, com David Caetano e Pedro Salvado, que evidenciaram muitas curiosidades relacionadas com a Serra da Gardunha.
O programa teve continuação com a exibição dos 22 filmes a concurso.
À noite foi apresentado o espetáculo performativo e multidisciplinar Marasmo, uma produção Histérico – Associação de Artes, que contou em palco com três jovens Fundanenses.
Domingo, 1 de setembro, realizou-se uma ação de limpeza em plena Serra da Gardunha, na aldeia de Louriçal do Campo, Concelho de Castelo Branco, tendo-se percorrido as margens do Rio Ocreza. Também nesta freguesia decorreu o encerramento do Festival, com o espetáculo de magia de Ricardo Pimenta.
O Festival serviu ainda para o lançamento de três filmes promocionais sobre a Serra da Gardunha.

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