A observação e fotografia de aves está em destaque na programação do Centro Ciência Viva da Floresta (CCVFloresta) no próximo sábado, 25 de maio. A atividade consistirá numa saída de campo com dupla vertente teórico-prática, sendo exploradas as mais diversas técnicas para observar, identificar e fotografar aves selvagens.
Gonçalo Elias, responsável pela realização da oficina, é escritor, formador e ornitólogo. Dedica-se à observação e ao estudo das aves desde dezembro de 1987, tendo estado enquanto autor ou coautor na elaboração de 20 livros sobre aves portuguesas e os melhores locais para as observar. Desde 2007 promove a observação de aves usando as novas tecnologias de informação e comunicação, sendo fundador e administrador do Fórum Aves, bem como fundador e coordenador do portal avesdeportugal.info.
Sobre a oficina que irá dinamizar no CCVFloresta, explica que “primeiro fazemos a parte prática e só depois uma parte teórica. As aves selvagens estão muito mais ativas de manhã e tendem a ficar mais paradas, que significa que há menos para ver. Temos de aproveitar as horas de maior atividade, normalmente desde o nascer do sol até ao meio/final da manhã”.
A observação e fotografia de aves é uma atividade em crescimento a nível nacional e Gonçalo Elias aponta duas razões para o maior interesse nesta área, “primeiro porque a valorização do contacto com a natureza tem crescido bastante; e também pela evolução tecnológica que permite que, hoje em dia, seja muito mais fácil captar, publicar e partilhar fotografias on-line a um custo muito menor do que acontecia antes”. Para o formador, o maior entrave para a maior parte das pessoas continua a ser “não saberem por onde começar”. Admite não ser uma área fácil de se iniciar e ser necessário alguém ou algo que possa auxiliar nesse processo. “Há que encontrar aves e depois saber identificá-las, porque é muito importante saber o que estamos a fotografar. É para isso que servem as oficinas e essencialmente os livros que são escritos, para ajudar as pessoas a iniciar-se”.
Quanto às características do Concelho de Proença-a-Nova, Gonçalo deixa o convite à participação de todos, afirmado que “dentro da uniformidade do Concelho, existem muitas diferenças. Há zonas em que há mais pinhal, outras em que tem mato, onde existem culturas, zonas urbanas, aldeias, entre outros. Existem sempre diferentes ambientes que podemos explorar”.

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