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Edição nº 1829 - 31 de janeiro de 2024

Patrícia Bernardo
“AMOR FERIDO…A SOMBRA DA VIOLÊNCIA NAS RELAÇÕES DE NAMORO…”

À medida que nos aproximamos do Dia dos Namorados, é comum pensarmos, habitualmente, nas ruas repletas de casais apaixonados, trocando gestos de carinho e presentes.
Porém, em alguns casos uma sombra silenciosa paira sobre muitas relações, manchando o que deveria ser uma celebração do amor e de união. É uma realidade, muitas vezes, oculta, mas que merece nossa atenção urgente: a violência nas relações de namoro.
Neste período em que o romantismo está no ar, é imperativo reconhecer que nem todos os corações batem ao ritmo de uma história de amor saudável. O controle excessivo, as humilhações, as ameaças veladas e as agressões físicas são apenas alguns dos aspetos dessa sombra que paira sobre alguns relacionamentos.
Assim, no Dia dos Namorados, bem como em todos os outros dias da nossa vida, não podemos ignorar o sofrimento silencioso daqueles que vivem sob o peso de uma relação abusiva que deixam marcas emocionais que persistem por muito tempo.
A violência no namoro pode manifestar-se de diversas formas: física, emocional ou psicológica, sexual, verbal, digital ou virtual, económica e religiosa, sendo importante notar que as vítimas podem enfrentar múltiplos tipos de violência, simultaneamente.
No próximo Dia dos Namorados, deveríamos refletir sobre a importância de relações baseadas no respeito mútuo, na comunicação aberta e na empatia. Devemos encorajar o diálogo sobre a violência no namoro, desconstruindo padrões nocivos e promovendo uma cultura que repudie qualquer forma de abuso. Não podemos permitir que o medo e a insegurança comprometam a essência do amor saudável.
As instituições, os educadores e a sociedade em geral desempenham um papel fundamental na abordagem e prevenção da violência no namoro. É necessário fornecer recursos e apoio às vítimas, bem como educar os jovens sobre relacionamentos saudáveis desde cedo, para que possam reconhecer sinais de alerta procurar ajuda.
E como???
- Implementando programas educacionais nas escolas e comunidades que abordem temas como respeito mútuo, consentimento, igualdade de género, desconstrução de estereótipos negativos e preconceitos e que ajudem os jovens a desenvolver habilidades de comunicação, empatia e resolução de conflitos, fortalecendo os relacionamentos e reduzindo a probabilidade de comportamentos agressivos.
- Identificando sinais precoces de comportamento abusivo com a pronta intervenção quer de professores, pais, amigos e profissionais de saúde, que devem estar cientes dos indicadores de violência no namoro.
- Fazendo abordagens desta problemática em campanhas de sensibilização pública, com envolvimento ativo da comunidade (promovendo workshops e eventos) que destaquem a importância do respeito nos relacionamentos e incentivem a denúncia de comportamentos abusivos.
- Capacitando as vítimas de forma a reconhecerem os sinais de violência, procurarem ajuda e a saírem de situações abusivas, garantindo que tenham acesso a recursos, como linhas diretas de emergência, centros de aconselhamento e organizações especializadas em violência doméstica e, claro, reforçando as leis que protejam as vítimas (em Portugal a violência no namoro é considerada crime de violência doméstica, enquadrando-se no artº 152 do Código Penal).
Assim, podemos afirmar que a prevenção da violência no namoro requer esforços colaborativos entre escolas, famílias, organizações comunitárias e o governo.
E como dizia Vinicius de Morais…Amai…porque não há nada melhor para a saúde que um amor correspondido…”, e eu acrescento…mas com muito AFETO E RESPEITO!
(Psicóloga Clínica e da Saúde)

31/01/2024
 

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