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Edição nº 1829 - 31 de janeiro de 2024

João Carlos Antunes
Apontamentos da Semana...

UMA AMIGA MINHA CONTAVA-ME um dia destes sobre a sua surpresa e desconforto de após ter conversado no Messenger sobre umas calças de determinada marca, na primeira ida ao Facebook, logo a abrir se lhe apresentar publicidade à marca que havia referido numa conversa que ela julgava ser privada. Esta é uma situação muito frequente. Nas redes sociais pode-se procurar muitas coisas, não se procure privacidade, em aplicações que são autêntica montra de sentimentos e vaidades.
Quando subscrevemos alguma das redes sociais, não lemos as letras miúdas. Vamos logo para a última linha e selecionamos o quadradinho que vai permitir que a empresa nos apresente a publicidade orientada para os nossos gostos. A publicidade que quer satisfazer os nossos desejos de consumo, que vai ao encontro dos nossos interesses. E a partir das leituras que vamos fazendo na Internet, também nos faz chegar a informação que o famoso algoritmo sabe ser a adequada ao nosso perfil, também de caráter ideológico. Todas as vezes que acedemos a um serviço online e aceitamos os cookies (biscoitos em bom português), perdemos um pouco da nossa intimidade, partilhamos os nossos gostos ou hábitos com essas entidades que nem sabemos se merecem a nossa confiança. Para a grande maioria de nós, isto não importa. Importa sim, é podermos, no imediato, termos o prazer de usufruir de todo o manancial de recursos e ferramentas, para trabalho ou para lazer.
E é assim, porque nos satisfaz, que a Internet é já agora uma tecnologia que não conseguimos dispensar. Que faz parte das nossas vidas de uma forma que se tornou um problema de comportamento adictivo, como nos mostra o estudo Scroll. Logo Existo!: comportamentos adictivos no uso dos ecrãs, elaborado por investigadores sociais do Centro Lusíada de Investigação em Serviço Social e e Intervenção Social da Universidade Lusíada. Os autores do estudo consideram que o problema não está no acesso a uma tecnologia que está presente e é incontornável no mundo contemporâneo, facilitadora de dinâmicas de interação social, o problema está no acesso descontrolado que conduz à dependência da vida digital em detrimento das relações de sociabilidade que passam pelo contacto presencial.
Sem surpresa, são os jovens em idade escolar e adultos sem ocupação profissional quem estão mais sujeitos à exposição dos ecrãs, em especial numa dimensão mais lúdica e com presença nas redes sociais, em cinco, seis ou mais horas diárias de uso (é sabido que a televisão tem vindo a perder audiência para o mundo digital). Que num futuro não tão distante como isso, poderá tornar necessária, segundo os investigadores, a existência de clínicas de desintoxicação digital e reaprendizagem das relações sociais.
Portanto, este é um problema já perfeitamente identificado, que por afetar tanto a população mais jovem, com natural dificuldade de autorregulação emocional, tem de ter uma resposta adequada por parte da Escola. Já várias instituições optaram pela proibição de uso de smartphone dentro do edifício escolar. Os autores do estudo sugerem que, facilitando o smartphone um conjunto importante de atividades que não são apenas lúdicas, se opte em alternativa por um trabalho de literacia para uma boa utilização destas tecnologias. E há uma serviço gratuito que todos os pais deveriam conhecer e aplicar que é o controle parental. Para bem da saúde, sociabilidade e aproveitamento escolar dos filhos.

31/01/2024
 

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