ALMA AZUL COM O APOIO DA CÂMARA DO FUNDÃO
Estêvão Dias Cabral apresentado na Biblioteca Eugénio de Andrade
A Alma Azul, com o apoio da Câmara do Fundão, promove, no próximo sábado, 19 de agosto, a partir das 18h30, no jardim interior da Biblioteca Municipal Eugénio de Andrade, no Fundão, uma conversa sobre a vida e o trabalho do jesuíta Estêvão Dias Cabral, com dois convidados, que são a jornalista Lídia Barata e o fotógrafo e investigador da região das Beiras, Diamantino Gonçalves.
Lídia Barata é jornalista do semanário Reconquista e autora do livro Estêvão Dias Cabral, apresentado em julho, na Freguesia de Tinalhas, aldeia onde nasceu e está sepultado Estêvão Dias Cabral, numa capela contígua à Igreja Matriz.
O livro integra a coleção Em Nome da Beira – Biografias, da Alma Azul, iniciada com a biografia de António Ramalho Eanes, de Nelson Mingacho, primeiro Presidente da República Portuguesa eleito democraticamente após a Revolução de abril de 1974, e continuará com Isabel de Aragão, Eugénio de Andrade, Pedro da Fonseca, Manuel Cargaleiro e outras biografias populares e didáticas de personalidades relevantes do território das Beiras.
Diamantino Gonçalves é um dos mais apaixonados investigadores do território designado por Beiras (da Beira Interior à Beira Litoral), e galga serras, da Gardunha à da Lousã, sempre curioso, captando imagens fotográficas e recolhendo documentos e narrativas.
Em 2017, levou a Coimbra, integrado no projeto Em Nome da Beira, uma série de imagens sobre a Serra da Gardunha e um nome: Estêvão Cabral. O tema da sua intervenção Da Serra da Gardunha ao Choupal, que se transformou na génese do livro que a Alma Azul desafiou Lídia Barata a escrever e que agora se apresenta no Fundão.
No próximo sábado, 19 de agosto, Dia Mundial da Fotografia, a conversa será informal e aberta sobre a vida e obra de Estêvão Dias Cabral (1734 - 1811) que entrou na Companhia de Jesus aos 17 anos, e, após a expulsão dos Jesuítas do País, ensinou Matemática e Hidráulica na Universidade Gregoriana, em Roma. Regressou a Portugal em 1788 e em 1791 é convidado pela Rainha D. Maria I para projetar algumas das mais inovadoras obras públicas em Portugal, entre elas, o encanamento do Rio Mondego, transformando o seu curso e promovendo a plantação de árvores para delimitar as suas margens, iniciando assim a que hoje é conhecida como a Mata Nacional do Choupal.
O livro de Lídia Barata, Estêvão Dias Cabral, tem um capítulo dedicado à Serra da Gardunha com o título A Projeção de uma Fábrica de Papel na Beira Baixa, o qual terá uma abordagem especial na conversa no jardim interior da Biblioteca Eugénio de Andrade, no Fundão.
Aproveitando o Dia Mundial da Fotografia, a Alma Azul lança, desde o Fundão, o desafio a fotógrafos amadores para a iniciativa 24 Imagens da Serra da Gardunha, que assinala o 24.º aniversário, em setembro, da produtora de atividades literárias com sede em Alcains.