26 DE AGOSTO, NO JARDIM EMA E ESTELA RAMOS PRETO
Painel de azulejos A Memória das Pedras é inaugurado no Louriçal do Campo
A Memória das Pedras é o painel de azulejos da artista belgo-francesa Françoise Schein que é inaugurado dia 26 de agosto, às 18 horas, no Jardim Ema e Estela Ramos Preto, em Louriçal do Campo.
Françoise Schein realizou, ao longo de quatro semanas, com a participação dos habitantes a obra de arte que representa as histórias e as vidas que os habitantes do Louriçal do Campo, Concelho de Castelo Branco, quiseram deixar gravadas no mural de 40 metros quadrados.
Esta iniciativa da Junta de Freguesia do Louriçal do Campo, presidida por Pedro Serra, surge após a visita da artista ao Louriçal do Campo, há alguns anos atrás. Levada ao topo da Serra da Gardunha por um amigo Louriçalense, Françoise Schein afirma ter descoberto “um universo mineral quase surreal ali depositado por alguns extraterrestres, qual capricho do tempo. Vi um contraste deslumbrante entre este campo de pedras vivas e, ao longe, a vista da paisagem mansa e da barragem azul-marinho”. Por isso, “quis que as pedras falassem”, assim nasceu o projeto de arte participativa, realizado com os habitantes do Louriçal do Campo.
A obra será realizada em duas fases, pelo que A Memória das Pedras, será inaugurada dia 26 de agosto, enquanto As Palavras da Paisagem, será inaugurada em data ainda a definir.
Françoise Schein é arquiteta e urbanista de formação. Tem trabalhado nos últimos 30 anos como artista plástica. Desenvolveu uma rede internacional de projetos urbanos, composta por projetos transversais sobre os direitos fundamentais, em que combina urbanismo, arte, ética e cidadania.
Na Associação INSCRIRE, que fundou em 1991, tem-se dedicado à criação artística transdisciplinar onde combina a sua formação em Arquitetura e Urbanismo com as suas preocupações pessoais. Este trabalho, baseado no mapeamento dos territórios, realça as ligações entre o desenho das cidades e os seus territórios, a arte, a ética e a cidadania. O seu trabalho pode ser visto em Paris, na estação de metro Concorde; em Lisboa, nas estações de metro Parque e Encarnação; no Rio de Janeiro e em Brasília, entre outras localidades. Em Portugal, tem ainda 27 obras de arte participativa sobre a Carta dos Direitos Fundamentais da União Europeia em diferentes aldeias e cidades.
Por seu lado a Associação INSCRIRE trabalha com artistas e comunidades locais em todo o Mundo, para conceber e produzir obras de arte participativa e eventos artísticos que destacam os princípios dos direitos fundamentais, da diversidade e do património cultural. Fundada após a construção do seu trabalho sobre direitos humanos na estação de metro Concorde, em Paris, INSCRIRE veio confirmar a possibilidade de criar vínculos transversais entre arte, ética, pedagogia, urbanismo e cidadania. Esta iniciativa evoluiu para uma rede internacional de projetos realizados por uma equipa multidisciplinar, em todo o Mundo.