Duque de Bragança visita Proença e partilha reflexão sobre gestão florestal
D. Duarte Pio de Bragança, Duque de Bragança, foi recebido nos Paços do Concelho de Proença-a-Nova pelo presidente e vice-presidente da Câmara, João Lobo e João Manso, respetivamente, no dia 30 de abril, no âmbito da visita promovida ao Pinhal Interior Sul pela Real Associação da Beira Interior. Em Proença-a-Nova, a comitiva participou ainda numa palestra sobre missionários Proencenses ao serviço da Igreja e do Rei e ficou a conhecer o Centro Ciência Viva da Floresta, espaço que destaca uma das principais riquezas do Concelho e que motivou o debate sobre a problemática da gestão de combustível e gestão florestal. D. Duarte partilhou experiências bem-sucedidas realizadas em países como França e Bélgica de produção de biogás a partir da fermentação de matos, permitindo dar uma nova utilização a estes resíduos lenhosos que antes eram utilizados, por exemplo, para fertilizar terras.
João Lobo partilhou, por sua vez, o projeto das Áreas Integradas de Gestão de Paisagem (AIGPs) que também está a ser implementado em 7.500 hectares de área no Concelho de Proença-a-Nova e que contribuirá definitivamente para o processo de transformação da paisagem que todos anseiam para reduzir a violência dos ciclos de fogo que têm percorrido o território. Quanto à produção de biogás, o autarca mostrou-se disponível para a possível implementação de um projeto piloto no CCVFloresta.
Se nos Paços do Concelho o destaque foi para algumas das obras do Roteiro das Artes do Município, nomeadamente os quadros do pintor Carlos Farinha, na Casa das Associações o protagonismo foi para os missionários naturais do Concelho de Proença-a-Nova, formados no Real Collegio das Missões, em Cernache do Bonjardim, e para o papel que tiveram entre 1855 e 1905 no contexto da política de “ocupação efetiva” levada a cabo pelas potências coloniais europeias a partir de meados do Século XIX. António Manuel Silva, historiador e professor, deu resposta às questões: “Quem foram? Onde nasceram? Por onde andaram? Que fizeram? Que sentiram? Em que contexto histórico e político desempenharam as suas tarefas? Teriam eles consciência do papel que lhes estava atribuído?”.