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Edição nº 1792 - 10 de maio de 2023

PSD mostra cartão amarelo à Câmara com abstenção na votação das contas de 2022

A Comissão Política de Secção do Partido Social Democrata (PSD) de Castelo Branco recorda, em comunicado, que “em 2021, as eleições Autárquicas determinaram a vitória do Partido Socialista (PS) em Castelo Branco, embora sem maioria absoluta”, bem como “nesse momento, o PSD entendeu que devia respeitar a vontade expressa pela população e garantir a estabilidade e governabilidade do Município”.
Relembra, também que “no momento da discussão do Orçamento Municipal para 2022, apresentamos um conjunto de medidas que constavam no programa eleitoral da candidatura Social Democrata”, como a “devolução gradual do IRS ao longo do mandato, até atingir os quatro por cento; as creches gratuitas para todas as crianças do Concelho; a alimentação gratuita para todas as crianças que frequentem a educação Pré-Escolar; a gratuitidade dos transportes públicos” e sublinha que estas “são propostas que fazem a diferença no dia a dia das famílias, que aumentam o rendimento disponível dos Albicastrenses, que tornam o Concelho mais atrativo e com mais qualidade de vida”, pelo que “a sua inclusão no Orçamento Municipal para 2022 determinou o voto favorável dos eleitos do PSD”.
Tudo, para adiantar que “conhecemos, agora, os dados da execução desse orçamento e os números são preocupantes. No ano passado, a execução orçamental foi de 50 por cento. Ou seja, a Câmara gastou apenas metade do dinheiro que tinha previsto. Agrava a situação o facto de 70 por cento do valor gasto se destinar a despesas correntes, sobretudo despesas com pessoal, e somente 30 por cento a despesas de capital, isto é, investimento direto no Concelho”.
Assim os social democrata denunciam que “o executivo socialista iludiu os Albicastrenses com um orçamento irrealista de mais de 80 milhões de euros e revelou total incapacidade de executar os projetos que apresentou, ou seja, de investir no desenvolvimento do Concelho de Castelo Branco”, questionando “como pode o presidente da Câmara regozijar-se com o lucro de mais de um milhão de euros obtido em 2022 quando isso revela, não boa gestão, mas ausência de investimento? Num ano de grandes dificuldades, em que seria expectável e compreensível que a Câmara despendesse mais dinheiro para apoios sociais, a verdade é que optou por continuar a acumular fortuna nos depósitos a prazo”. É igualmente sublinhado que, “de resto, o pagamento das refeições escolares das crianças do Pré-Escolar e 1º Ciclo do Ensino Básico, proposto do PSD, só começou a ser executado na semana passada (última semana de abril)”.
A Comissão Política realça ainda que “gozando o Partido Socialista de todas as condições para governar o Município, os resultados do primeiro ano deste mandato são sintomas do desnorte, da má organização dos serviços e da falta de planeamento estratégico”, de onde resulta que “a abstenção do PSD nos documentos de prestação de contas do exercício de 2022 é um cartão amarelo a este executivo” e assegura que “estamos atentos à execução das propostas do PSD, que compõem parte fundamental dos apoios sociais em vigor”.

10/05/2023
 

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