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Edição nº 1788 - 12 de abril de 2023

João Carlos Antunes
Apontamentos da Semana...

ANDÁVAMOS TÃO PREOCUPADOS com os baixos níveis de leitura, especialmente preocupante nos grupos mais jovens onde se percecionava que os ecrãs estavam a ocupar o lugar de lazer que antes era ocupado pelo livro. E estes ecrãs digitais, vai-se a ver, até podem ser a tábua de salvação de um setor que por via de jovens influencers que neste caso se denominam de booktokers, porque é no TikTok e também no Instagram que este movimento jovem acontece (para os adolescentes de hoje, o Facebook é coisa de cotas e por isso, o futuro desta plataforma não se adivinha brilhante). Cada um destes booktokers tem muitos milhares de seguidores que seguem fielmente as sugestões de leituras que se apresentam em forma de vídeos curtos. E que fazem os adolescentes e jovens adultos seus seguidores, acorrer às livrarias a esgotar títulos. Não é de admirar, por isso, que no top de vendas anuais de livros, a maioria seja direcionada ao público infantojuvenil e jovens adultos. Podem não ser as melhores obras em qualidade literária, mas é assim que se adquirem hábitos de leitura que, provavelmente, vão perdurar para a vida.
É deveras impressionante que no canal que o TikTok criou, #BookTok, as visualizações totais de vídeos sobre livros já sejam da ordem dos 119 mil milhões. É neste cenário que temos Portugal, entre os seus parceiros europeus, a ter o maior crescimento do mercado do livro. Com um bom empurrão de jovens, desde os 16 anos a pouco mais de 20, que já estão a ser contratados por editoras para exercerem um papel de dinamizadores e influenciadores.
Tudo isto já era percetível por qualquer atento frequentador de livrarias. Visite-se (e já agora aproveite e compre um livro) a Livraria Bertrand da capital do Distrito e veja-se o espaço cada vez maior dedicado ao livro que as novas gerações procuram. Esta gestão do espaço livreiro é um bom barómetro de interesses, que curiosamente mostra como a poesia é também um género literário em alta. Também entre os nossos leitores, os leitores da Gazeta do Interior, que rapidamente fizeram desaparecer os exemplares de uma bela antologia de poesia, que celebra a nossa língua e que, em parceria com a editora Alma Azul, oferecemos aos leitores para celebrar os 34 anos de publicação.

A TAP É CLARAMENTE um produto politicamente tóxico. As trapalhadas em que o governo socialista se envolveu na gestão daquela empresa pública são de tal forma graves, mostram um amadorismo e uma informalidade de gestão política que não se coadunam com a dimensão e importância desta empresa. Passando pelo despedimento da CEO em praça pública, sem garantia jurídica de que não terá consequências em indemnizações milionárias, a TAP já provocou a demissão de secretários de estado e ministro (que provavelmente terá enterrado na TAP o seu futuro político e sonhos de liderança) e foi uma das explicações, talvez a maior, para a queda de popularidade do governo. A que nos tempos mais próximos, o presidente Marcelo não pondera de forma alguma pôr um ponto final. Por razões óbvias de qualidade de alternativas que se perspetivam por agora.

12/04/2023
 

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