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Edição nº 1747 - 22 de junho de 2022

João Carlos Antunes
Apontamentos da Semana...

DIZ-SE QUE VIVEMOS NUM MUNDO GLOBAL, ou aldeia global como denominou o teórico Herbert Marshall McLuhan para explicar a informação instantânea que liga os povos através das novas tecnologias de comunicação, tornando o mundo numa pequena aldeia. Numa pequena aldeia onde a facilidade e o interesse no conhecimento dos outros tornaria as pessoas mais próximas. Mas o que posso observar é que há várias pequenas aldeias. Definidas pelas diferentes posições geoestratégicas. Já tinha confirmado isso, quando converso com amigos brasileiros, cultos, interessados, defensores de causas. Se falo com eles sobre a guerra na Ucrânia, que tanto preocupa os europeus, sublinho os europeus, eles mostram algum distanciamento e conhecimento pouco pormenorizado do conflito. Da mesma forma, do lado europeu, ou pelo menos no nosso país, um dos três importantes atos eleitorais que aconteceram no domingo passado, passou completamente ao lado dos media, em particular das televisões. Refiro-me às eleições presidenciais na Colômbia, um dos três maiores países da América Latina. Os resultados na Colômbia, como na França e nas regionais de Andaluzia são todos eles capazes de provocar importantes alterações na governação desses países e região. A Colômbia pela primeira vez na sua existência, vai ter a esquerda a governar, com o novo presidente eleito, o ex-guerrilheiro Gustavo Petro, a prometer profundas reformas económicas, nomeadamente o aumento de impostos sobre os mais ricos, e tornar a sociedade menos desigual. Num continente onde os golpes militares são tão frequentes, esperemos que a vida democrática decorra ali de forma pacífica e normal. Em França, o resultado das eleições não foi bom para Macron. Teve uma vitória de Pirro, já que perdeu a maioria absoluta, e agora vai necessitar de negociar com a direita moderada, que já manifestou pouca vontade de dar a mão a Macron. E apertado pela coligação de partidos de esquerda comandados por Mélenchon que conquistou um resultado histórico que pode fazer travar muitas das iniciativas políticas do presidente. Resultado também histórico é o da extrema direita de Marine Le Pen que literalmente passou do oito para o oitenta. Todo este cenário não constitui bom augúrio para o governo que Macron vai apresentar, que muitos já anteveem não durará uma legislatura. E também tivemos eleições aqui ao lado, na Andaluzia até hoje território do PSOE e que agora passou para a área de influência do PP, que conquistou a maioria absoluta, conseguindo reocupar o espaço eleitoral que a extrema direita lhe tinha roubado. É claro que mais esta derrota, e vão três, nas eleições regionais fez acender o sinal vermelho de alerta para o governo socialista de Pedro Sánchez. A vitória do PP espanhol deveria ser objeto de estudo pelo PSD.

22/06/2022
 

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