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Edição nº 1743 - 25 de maio de 2022

CIMBB debate alterações climáticas e impacto na economia

A Comunidade Intermunicipal da Beira Baixa (CIMBB) debateu, no Dia Internacional da Reciclagem, 17 de maio, na Escola Superior de Gestão de Idanha-a-Nova (ESGIN), o impacto das alterações climáticas no território, com enfoque no setor da economia, antecipando soluções e apontando case studies que possam ser equacionados como exemplos e instrumentos de adaptação a esta problemática. Ficou expressa igualmente a importância das comunidades intermunicipais, no caso a CIMBB, na adoção de soluções locais e regionais para dar resposta à adaptação às alterações climáticas à escala nacional.
Aquela que foi a quarta sessão temática integrada no Plano Intermunicipal de Adaptação às Alterações Climáticas da Beira Baixa teve início com as intervenções da diretora da ESGIN, Sara Brito Filipe, e do presidente da Câmara de Idanha-a-Nova, Armindo Jacinto, que deram as boas-vindas ao auditório e destacaram a importância da discussão destas temáticas.
O primeiro painel dedicado às Alterações Climáticas e a Economia começou com Conceição Vieira, engenheira CEO da ENHIDRICA, entidade responsável pela elaboração do Plano de Adaptação às Alterações Climáticas da Beira Baixa, com uma exposição sobre o impacto das alterações climáticas em setores como a indústria, serviços e turismo.
Já João Cerejeira, na intervenção on-line a partir da Escola de Economia e Gestão da Universidade do Minho, abordou o impacto das alterações climáticas e da transição energética no emprego, as transformações esperadas e quais as possibilidades de adaptação, apontando a necessidade “do investimento na formação e requalificação de trabalhadores nas áreas da indústria transformadora, construção e transportes”. O docente abordou a questão dos chamados “empregos verdes” e a “inclusão social”.
No segundo painel, dedicado à Atividade Económica na Beira Baixa e às Alterações Climáticas, Miguel Freitas, da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade do Algarve, falou sobre a sustentabilidade do regadio em Idanha-a-Nova, procurando olhar para “aquilo que é a problemática do aproveitamento hidroagrícola da Campina de Idanha-a-Nova” apresentando uma proposta de plano de sustentabilidade para o regadio nesta bioregião.
A última intervenção terminou com o caso prático da Living Seeds - Sementes Vivas, uma empresa grow up implementada localmente em Idanha-a-Nova, com uma visão estratégica disruptiva de produção e promoção de sementes biológicas e biodinâmicas. Tânia Pinto salientou a importância da biodiversidade dos alimentos, da preservação do património local, recuperação da biodiversidade, das variedades autóctones e do material genético como as sementes com tradição.
O programa continuou com um debate moderado pelo presidente da Direção da Associação Comercial e Empresarial da Beira Baixa (ACICB), Sérgio Bento.
As Jornadas das Alterações Climáticas encerraram com a intervenção do primeiro secretário do Secretariado Executivo da CIMBB, João Carvalhinho, que sublinhou o facto de se estar perante “o maior desafio societal”. Apontou para a necessidade e importância da apresentação do Plano Intermunicipal de Adaptação às Alterações Climáticas da Beira Baixa “que reflita a natureza e a dimensão económica” deste território, com atenção na gestão da água como “elemento crucial”. Para isso, referiu que “não cruzamos os braços para lidar com este cenário de mudança do nosso contexto climático. Temos (CIMBB) a absoluta consciência das nossas fragilidades. Estamos no âmago da faixa mediterrânica afetada fortemente pelas alterações climáticas e sabemos que temos de procurar uma transição justa”.
De referir ainda, que a sessão contou com transmissão em direto nas redes sociais e encontra-se disponível para visualização na página de Facebook da CIMBB.
Agora seguem-se mais duas duas sessões temáticas, sendo a primeira na próxima sexta-feira, 27 de maio, e a segundo dia 15 de junho), que culminarão na criação e implementação de um plano que dará origem a instrumentos de planeamento e gestão, assim como à aplicação de 25 medidas de adaptação às alterações climáticas.

25/05/2022
 

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