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Edição nº 1743 - 25 de maio de 2022

APDA ORGANIZA SESSÃO PÚBLICA DE ASSINATURA DE DECLARAÇÃO DE COMPROMISSO
Água e alterações climáticas no centro das atenções

A Associação Portuguesa de Distribuição e Drenagem de Água (APDA) realizou, esta segunda-feira, 23 de maio, no Centro de Cultura Contemporânea de Castelo Branco (CCCCB), a segunda sessão pública de assinatura da Declaração de Compromisso para a Adaptação e Mitigação das Alterações Climáticas nos Serviços de Águas, com várias câmaras municipais e entidades gestoras, contando-se entre elas, por exemplo, os concelhos de Castelo Branco, Fundão, Idanha-a-Nova, Oleiros, Proença-a-Nova, Vila Velha de Ródão e Vila de Rei.
Refira-se que, segundo é adiantado, “o documento está alinhado com instrumentos europeus já implementados em Portugal, como o Acordo de Paris, o Pacto Ecológico Europeu e a Nova Estratégia da União Europeia para as Alterações Climáticas, onde se inclui a nova Lei Europeia do Clima, visando firmar a intenção de todos os envolvidos no setor a implementar medidas de adaptação e mitigação, entre as quais se destacam as relacionadas com a economia circular, melhoria da eficiência hídrica e energética, bem como as que visam reduzir a vulnerabilidade atual e futura aos efeitos das alterações climáticas”.
Na abertura da cerimónia, o presidente da Câmara de Castelo Branco, Leopoldo Rodrigues, destacou que estavam em causa “dois temas fundamentais nos dias de hoje”, uma vez que “estamos a falar de água e, depois, de alterações climáticas”.
Leopoldo Rodrigues garantiu, de seguida, que no caso de Castelo Branco “temos muito a dizer no que respeita à água”, para referir que “temos uma área muito grande de rega” e defender que “temos de repensar como fazemos essa rega. Como pode ser feita preservando a água”, apontando para “reutilização da água”. Tudo, porque este “é um tema importante no presente e é mais importante no futuro”.
O autarca adiantou, depois, que a Câmara tem “trabalhado e vai continuar a trabalhar com as escolas, no sentido de sensibilizar os mais novos para utilizar bem a água”.
Na mesma linha, o administrador dos Serviços Municipalizados de castelo Branco, Hélder Henriques, começou por recordar que estes “participam de forma ativa na APDA, em três comissões especializadas”, para logo de seguida destacar que no referente a perdas de água, em Castelo Branco, estas representam “12 a 13 por cento, o que é muito abaixo da média nacional e queremos melhorar”.
Hélder Henriques afirmou que “as alterações climáticas são uma matéria da maior importância”, pelo que “temos que estar atentos e agir por antecipação” e afinando pelo mesmo diapasão de Leopoldo Rodrigues frisou a importância das “campanhas nas escolas, junto dos jovens, para os sensibilizar sobre esta temática”.
Por seu lado, o presidente da APDA, Rui Godinho, destacou a importância de, “em conjunto dar um passo seguro para uma estratégia crucial para a nossa vida de hoje e do futuro”, não deixando de realçar que “um dos problemas estruturais mais delicados, para todos nós, no futuro, serão as alterações climáticas”.
Rui Godinho defende que “há que olhar para a água de uma forma estruturada, há que ter um novo olhar, devido às alterações climáticas”.
Tudo, porque “o problema da escassez da água, a seca, é um problema sério”, para referir que em Portugal, de acordo com os dados mais recentes, “95,5 por cento do território está em seca severa e extrema”, para garantir que “nunca houve uma situação destas. É um sinal de alarme a que temos de atender”.
Rui Godinho chamou também a atenção para que “as políticas para as alterações climáticas não podem ser sectoriais. Temos que nos preocupar com todos de uma forma integrada”, tanto mais que “a seca e a escassez de água tornaram-se uma ameaça sistémica”.
António Tavares

25/05/2022
 

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