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Edição nº 1723 - 5 de janeiro de 2022

Barragem do Barbaído continua a focar atenções

A construção da Barragem do Barbaído, no Concelho de Castelo Branco, continua no foco das atenções. Isso mesmo se verificou na Assembleia Municipal realizada na passada quinta-feira, 30 de dezembro, com o tema a ser levantado por Maria José Rafael, do SEMPRE - Movimento Independente.
A questão começou por ser abordada ao recordar que “«Castelo Branco vai ter água, aconteça o que acontecer». Esta era a convicção expressa pelo ministro do Ambiente e do Ordenamento do Território, José Sócrates, quando apresentou o projeto para a construção da nova barragem que iria reforçar o abastecimento de água ao Concelho Albicastrense, a Barragem do Barbaído. Em junho de 2001 foi constituída a empresa Águas do Centro que iria construir o sistema Multimunicipal de Abastecimento e de Saneamento de Águas Residuais de Raia, Zêzere e Nabão. A construção desta nova barragem localizada junto à aldeia de Barbaído, seria assumida por esta empresa e serviria as populações dos concelhos de Castelo Branco, Idanha-a-Nova, Proença-a-Nova, Vila Velha de Ródão e o Sul do Concelho do Fundão. O investimento, na altura, cifrava-se em 20 milhões de euros, valor que na atualidade será bem superior. A Barragem iria integrar o sistema que abastece uma população de cerca de 120 mil pessoas, com capacidade total de 28,1 milhões de metros cúbicos, inundando uma área de 294 hectares”.
Após esta abordagem, Maria José Rafael questionou se “tratando-se de um projeto que serve um sistema multimunicipal, que abrange, por isso, muitos concelhos, e tendo sido concessionado às Águas de Portugal em 2001, por ser uma infraestrutura em alta, e que até hoje não se concretizou, não deveria ser as Águas do Vale do Tejo ou/e o Governo os responsáveis pelo investimento da construção da Barragem do Barbaído?”
Para a deputada municipal “é preocupante a falta de uma ideia clara sobre um projeto desta dimensão por parte de quem lidera o município e mais preocupante se torna se, de forma pouco pertinente, não forem assegurados os interesses do Município junto do Governo, nomeadamente a responsabilidade financeira sobre o mesmo”. Isto para adiantar que “o senhor presidente da Câmara referiu, em reunião do Executivo, que encetou contactos com o Governo e com a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRDC) sobre as barragens do Barbaído e do Alvito”, questionando “quando pensa esclarecer os presentes e os munícipes, em geral, sobre o assunto referido?”, pois “é de máxima importância e urgência que isso aconteça, para que possamos analisar o projeto em consciência e com todas as cartas sobre a mesa”.
Na sua intervenção, Maria José Rafael destacou, mais à frente, que “construída a Barragem do Barbaído, que para o abastecimento de Castelo Branco terá de vazar na Marateca, passaremos a ter muitos mais milhões de metros cúbicos de água e que com a devida ponderação, equilíbrio e equidade poderiam ser apoiadas propostas de regadio. Pensamos ser uma contradição construir uma barragem e não apoiar o regadio. Mais uma vez, continuamos sem entender o objetivo do senhor presidente. Pois se dá como adquirido a quase duplicação do volume de água armazenada através da construção da Barragem do Barbaído, porque está contra, logo à partida, à construção do Regadio? Um investimento considerável financiado a 100 por cento por fundos fora do orçamento municipal e que muito valorizaria a nossa agricultura”.
Tudo motivos para levantar mais questões, ao perguntar “qual o valor do investimento em causa; é o orçamento municipal a assegurar o mesmo; qual a verdadeira dimensão do projeto; qual o objetivo primordial do investimento, qual a posição do Governo e da CCDRC sobre o mesmo”.
Maria José Rafael, por outro lado, garante que, no SEMPRE, “não somos contra a construção da Barragem do Barbaído, somos sim, contra a que sejam os Albicastrenses a pagá-la”, uma vez que “a sua construção colocará em causa a sustentabilidade financeira do município e terá como consequência o aumento do preço da água, só e apenas aos Albicastrenses”.
Na resposta, o presidente da Câmara, Leopoldo Rodrigues, que participou na sessão por videoconferência, começou por comentar que, tendo por base a intervenção, “nos revelou que os vários pedidos de resposta que nos foram feitos já têm resposta”, para de seguida destacar “a importância da Barragem do Barbaído e a importância da água para consumo humano”.
Leopoldo Rodrigues que, com a atenção centrada no Regadio a Sul da Gardunha, fez questão de deixar claro que “não somos contra o desenvolvimento económico, não somos contra os agricultores”.
Referiu-se ainda a este como “um projeto no segredo dos deuses até ao dia de hoje”, para defender que “queremos os Albicastrenses esclarecidos sobre o abastecimento de água”, relembrando que “César Vila Franca resolveu esse problema com a Marateca”.
António Tavares

05/01/2022
 

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