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Edição nº 1723 - 5 de janeiro de 2022

João Carlos Antunes
Apontamentos da Semana...

DOMINGO, 26 DE DEZEMBRO, morreu com noventa anos Desmond Tutu, junto com Nelson Mandela um dos grandes lutadores pela democracia, contra o apartheid na África do Sul. Foi o primeiro arcebispo anglicano negro e mesmo depois do fim do regime de separação racial, continuou a lutar sempre contra as desigualdades e a segregação. Construtor daquilo que chamava de “nação arco-íris” expressão usada por ele para descrever uma África do Sul multiracial num cenário pós-apartheid, e onde também os direitos LGBT seriam defendidos. Um projeto que Desmond Tutu sonhara mas que, admitiu, não conseguiu ver concretizado. Foi um homem respeitado em todo o Mundo, a sua morte foi lamentada pelos líderes mundiais, incluindo o papa Francisco que o considerou como um homem que esteve “ao serviço do Evangelho”, através da “promoção da igualdade racial e da reconciliação na sua África do Sul natal”. O presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, considera o Prémio Nobel da Paz de 1984, pai espiritual da democracia da África do Sul, lamenta que o país tenha perdido a sua joia. O país e o Mundo.

QUANDO HÁ ALGUNS MESES, no calor das discussões à volta do Orçamento de Estado, muitas boas vozes alertavam para os problemas que poderiam advir do eventual chumbo do documento, que iria desembocar em novas eleições. Porque ainda se vivia em plena crise pandémica, com todas as incertezas económicas e sociais associadas, porque tínhamos já aí pronta a usar, as verbas do Plano de Recuperação e Resiliência, vulgo bazuca, com prazos apertados para a sua execução. A estas vozes, muitos atores políticos responderam com um encolher de ombros, que a bazuca não se perdia lá por ter de se adiar o disparo por seis meses ou coisa assim, que a pandemia até já estava em vias de passar à história e, por isso, aquela unidade nacional à volta da guerra contra o vírus que se tinha vivido durante dois anos, já não era assim tão importante. Curiosamente, alguns são os mesmo que agora apontam o dedo às autoridades de saúde por não terem previsto o Ómicron e a sua extraordinária capacidade de contágio… E eis-nos a menos de um mês do dia das decisões que poderão definir o nosso futuro próximo, com os especialistas e matemáticos a preverem centenas de milhares de infetados (e a terem de ficar em isolamento, portanto) na última semana de janeiro. As autarquias, o Ministério da Administração Interna, o Ministério da Saúde e toda a máquina do Estado vão ter de dar corda aos sapatos para garantir a necessária democraticidade a tão importante ato de cidadania responsável.

05/01/2022
 

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