RECORDAR AMATO LUSITANO
Jornadas de Medicina têm muito para dar
As Jornadas de Estudo Medicina na Beira Interior – Da Pré-História ao Século XXI continuam a ter muito para dar. A garantia foi dada por António Lourenço Marques, na passada sexta-feira, 12 de novembro, na sessão de abertura da edição deste ano das Jornadas, que decorreu na Biblioteca Municipal de Castelo Branco, sexta-feira e sábado, 12 e 13 de novembro.
Na mesma ocasião, o presidente da Câmara de Castelo Branco, Leopoldo Rodrigues, começou por realçar que “Amato Lusitano é uma figura importante e em boa hora se lançaram as Jornadas”, para re ferir que “são 33 anos em que se faz conhecimento, se debate conhecimento, se fala em temas importantes para esta região”.
Leopoldo Rodrigues considera que as Jornadas são “uma forma de refletir o conhecimento de Amato Lusitano”, para afirmar que “temos ali, no centro da cidade, a estátua de Amato Lusitano” e revelar que “já pedi para se providenciar uma coisa simples, mas importante, que é o nome completo de Amato Lusitano. Assim voltaremos a ter o nome de Amato Lusitano no pedestal onde a estátua se encontra”. Nesta matéria, recorde-se que a Gazeta do Interior, no Pelourinho, já tinha chamado a atenção para o facto de faltarem algumas letras no nome Dr. João Rodrigues – Amato Lusitano.
Reiterando a “importância de Amato Lusitano”, Leopoldo Rodrigue destacou que “há 33 anos que estamos a falar de Medicina e de Amato Lusitano, pelo que a questão que põe, é se ainda há alguma coisa para dizer”. Uma pergunta a que respondeu logo de seguida, ao afirmar que “António Lourenço Marques disse, há pouco, que sim” e acrescentou que “Amato Lusitano é grande. Há a possibilidade de continuar a estudar esta personalidade tão importante da nossa terra, da nossa história”.
Para que tal seja garantido, assegura que “a Câmara continuará a apoiar as Jornadas”, com a finalidade de “proporcionar os meios para que Amato Lusitano continue a ser estudado. Para que venha a ser, ainda mais, uma personalidade da nossa cidade, do nosso concelho”.
A sessão contou também com a conferência inaugural, subordinada ao tema A Arte da Medicina entre o impossível e o irrecusável, proferida por José Maria Silva Rosa, professor da Universidade da Beira Interior (UBI). Conferência na qual, na introdução, sublinhou que “as Jornadas têm muitos anos de insistência, de consistência científica” e garantiu que “as Jornadas estão na sua plenitude científica e cultural, e de longa duração”.
José Maria Silva Rosa que acrescentou ainda que a comunicação apresentada foi dedicada a António Salvado e a António Lourenço Marques.
Os trabalhos continuaram no passado sábado, 13 de novembro, durante todo o dia, com a apresentação de várias comunicações, sendo que nesse dia foi também lançado o livro O Cerco da Pandemia – Antologia de Poesia, coordenado por Leocádia Regalo, António Lourenço Marques e Pedro Salvado, com o programa a terminar com um recital de poesia, com a coordenação de Maria de Lurdes Gouveia Barata, com os poetas incluídos na Antologia presentes.
De referir, ainda, que ao nos dois dias esteve patente na Biblioteca a exposição Imagens Circulantes, sobre as comemorações, em Castelo Branco do IV Centenário do Falecimento de Amato Lusitano.
António Tavares