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Edição nº 1711 - 13 de outubro de 2021

PSD pede audições por causa da gestão da bacia hidrográfica do Rio Tejo

O Grupo Parlamentar do Partido Social Democrata (PSD) entregou um requerimento em que pede uma série de audições, na Comissão de Ambiente, Energia e Ordenamento do Território e na Comissão de Agricultura e Mar, a propósito da gestão da bacia hidrográfica do Rio Tejo.
Os social democratas consideram que é “fundamental repensar a gestão da bacia hidrográfica do Rio Tejo e adotar novas soluções que permitam lidar com a tendência de redução dos caudais provenientes de Espanha”.
Para o PSD, “se por um lado há que assegurar o cumprimento da Convenção de Albufeira e procurar resolver problemas inerentes por via diplomática, incluindo uma eventual revisão dos acordos, por outro lado há que avaliar o que poderá ser feito em território nacional de modo a garantir uma maior resiliência na gestão dos recursos hídricos”. Importa, assim, “reduzir a vulnerabilidade e a dependência associada à posição geográfica a jusante de Espanha atuando proactivamente em vários domínios”.
O PSD considera que há duas dimensões estratégicas que merecem especial reflexão neste momento pois poderão ser determinantes no futuro. “Em primeiro lugar há uma dimensão infraestrutural que se prende com o equacionar de novas soluções hidráulicas para a gestão da bacia do Tejo, como seja a possibilidade reforço dos caudais a partir do Rio Zêzere e da Barragem do Cabril, ou ainda a construção de uma nova barragem no Rio Ocreza. Estas soluções e outras devem ser discutidas de forma aberta, objetiva e transparente, considerando aspetos técnicos e políticos, medindo potencialidades e impactes”, referem.
“Em segundo lugar há uma dimensão organizacional que prende com a necessidade de reforçar a gestão dos recursos hídricos da bacia do Tejo, numa lógica de fins múltiplos, potenciando atividades como a agricultura, o turismo ou a produção de energia renovável. Se continuarmos com uma gestão meramente burocrática e administrativa dificilmente conseguiremos encontrar novas oportunidades para criar mais riqueza e emprego associado à valorização dos recursos naturais. Importa refletir sobre aspetos de governança, complementares ao funcionamento da ARH Tejo, que en-volvam também agentes nacionais, regionais e locais, de natureza pública e privada, permitindo aumentar o investimento nos territórios abrangidos”, concluem.

13/10/2021
 

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