Os surtos de COVID-19 no Lar Major Rato, em Alcains, e no Lar do Centro Social de Salgueiro do Campo estão extintos. A situação foi avançada esta terça-feira, 29 de dezembro, no decorrer de uma conferência de Imprensa realizada na instituição Alcainense.
O presidente da Direção do Lar Major Rato, Armando Pereira, recorda que “os tempos foram muito complicados. Foi horrível o que se passou”, aproveitando para agradecer a todos os que se envolveram na resolução da situação.
Por seu lado, a diretora clínica da Unidade Local de Saúde de Castelo Branco (ULSCB), Eugénia André, começa por considerar que “os surtos nos lares são quase o nosso dia a dia” e explica que para isto é determinante que “os utentes estão numa vivência diferente daqueles que se deslocam na comunidade”.
Já com a atenção centrada no Lar Major Rato, afirma que desde que o surto teve início, a 24 de novembro, se registaram ali 12 óbitos, dos quais “seis em doentes COVID no Lar, quatro em doentes COVID no Hospital Amato Lusitano (HAL) de Castelo Branco, um de um doente negativo para COIVD no Lar e outro de um doente também negativo para COVID, no HAL”. Eugénia André realça que em qualquer dos casos se tratou de “idosos, com várias comorbilidades”, para concluir que “muito provavelmente não foi a patologia COVID que originou a sua situação terminal”.
Eugénia André recordou que dos 106 idosos do Lar Major Rato, 91 estiveram infetados com o novo coronavírus, o mesmo acontecendo com 21 dos 69 colaboradores da instituição, adiantando, por outro lado, que em relação ao Lar de Salgueiro do Campo, onde o surto também foi conhecido no final no mês de novembro, “os casos também estão todos resolvidos”, havendo a registar nesse período “sete óbitos, dos quais cinco pessoas com COVID e duas negativas”.
Também com a atenção centrada no Lar Major Rato, o presidente da Câmara de Castelo Branco, José Augusto Alves, afirmou que “esta é uma instituição centenária com grande dimensão”, sendo que “o vírus entrou de forma catastrófica na instituição”, mas, salienta, “hoje, o Lar está livre de COVID”.
José Augusto Alves sublinhou, noutra vertente, que “hoje é um dia importante, porque temos a vacina, mas a vacina, por si só, não resolve o problema. Há que manter regras e não esquecer que devemos ter cuidado”.
O presidente garante também que “no Concelho de Cas-telo Branco já estão identificadas todas as instituições particulares de solidariedade social (IPSS) para vacinação contra o COVID-19. O pro- cesso está finalizado. Venham as vacinas”.

ULSCB tem 477 casos ativos
Na área da ULSCB, esta terça-feira, 29 de dezembro, registavam-se 477 casos ativos de COVID-19, mais 29 que esta segunda-feira, 28 de dezembro, com o Concelho de Castelo Branco com 223 (mais sete), Idanha-a-Nova 81 (mais 21), Penamacor 94 (mais três), Vila Velha de Ródão 10 (igual), Oleiros 11 (menos dois), Proença-a-Nova um (menos um), Sertã 51 (mais dois) e Vila de Rei seis (menos um).
Totais que levam a diretora clínica da ULSCB, Eugénia André, a destacar que, nos últimos dias, “os casos ativos estão a diminuir” e a alertar que “a vacinação chegou, mas não é nenhum milagre. Há que cumprir as regras de uso de máscara, de distanciamento físico e de higienização das mãos”.
António Tavares

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