Edição nº 1669 - 16 de dezembro de 2020

OBRA DA AUTORIA DE ANTÓNIO SALVADO E CUSTÓDIO CASTELO
A “emoção” de mostrar o que de melhor se faz na região

O Cine-Teatro Avenida de Castelo Branco, na tarde de dia 8 de dezembro, encheu, dentro das limitações impostas pela pandemia de COVID-19, para assistir à apresentação da obra Do ano os meses, da autoria de António Salvado e Custódio Castelo.
Uma obra que a Gazeta do Interior revelou há uns meses atrás, em primeira mão, e que reúne a poesia do poeta Albicastrense António Salvado e a música de Custódio Castelo.
Para além da música e da poesia, nas intervenções realizadas na apresentação, a emoção esteve em destaque, principalmente por parte dos dois mentores da obra.
Emoção que também esteve presente na sala através do público, que nesse dia ficou a conhecer a obra Do ano os meses.
Em palco esteve Custódio Castelo, na guitarra portuguesa, tendo ao seu lado Miguel Carvalhinho, na guitarra e viola beiroa, José Raimundo, no piano, e Carlos Meneses, no contrabaixo, acompanhados pelo Ensemble João Roiz, bem como por Ana Paula Gonçalves, na voz.
E foi este grupo de artistas que deu a conhecer Do ano os meses, que há uns meses atrás Custódio Castelo havia revelado tratar-se de um trabalho “completamente inovador”, como se veio a confirmar.
O projeto, recorde-se teve início há mais de um ano, quando Custódio Castelo abordou António Salvado “para musicar a poesia dele, mas poesia já existente”, mas, “ao perceber que queria fazer um trabalho só exclusivo dele, é que me propôs este trabalho, que tinha no baú”.
Um trabalho de António Salvado que consistia em 12 poemas, cada um deles alusivo a um mês do ano. Poemas esses que foram então musicados por Custódio Castelo, dando origem a uma música com 12 andamentos.
Mas além da poesia de António Salvado e da música de Custódio Castelo, Do ano os meses é ainda uma montra mais abrangente, pois, tal como Custódio Castelo já tinha revelado, “tive o cuidado de envolver músicos da nossa região, porque tenho sempre em mente defender o que é nosso”. Isto, ao mesmo tempo que esteve sempre em foco “envolver um instrumento que tenho o prazer de ter apadrinhado, a viola beiroa, que é um instrumento nosso e, pela primeira vez, vai integrar uma orquestra clássica”, sublinhando que “esta “é uma forma de valorizar o que é nosso”. Tudo, porque “o que temos cá dentro é tão rico. É tão bom o que temos cá dentro, que não precisamos de ir para fora”.
E é a tudo isto que Do ano os meses dá corpo, através de uma obra que envolve ainda mais a região, a partir do momento que o trabalho foi gravado na Fábrica da Criatividade, em Castelo Branco.
Uma obra que na vertente física também é um exemplo do que se faz por cá, pois o design gráfico é da autoria de Rui Tomás Monteiro e a caixa que contém o livro com os poemas, bem como um CD ou uma pen com a música, foi produzida na Fábrica da Criatividade.
António Tavares

16/12/2020
 

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