Os números preliminares de 2019 do Programa Nacional de Diagnóstico Precoce, obtidos através do denominado Teste do Pezinho, do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), põem o Distrito de Castelo Branco numa posição alarmante. É que comparando os números de janeiro a novembro de 2018 com os de janeiro a novembro deste ano, Castelo Branco é o distrito em que a natalidade mais recua, com os nascimentos a diminuírem qualquer coisa como 18,3 por cento.
Convém salientar que o Teste do Pezinho não é obrigatório, pelo que o número de recém-nascidos não corresponde na totalidade ao de nascimentos, mas, como o teste é feito a quase todos os bebés, os valores registados nunca andam muito longe da natalidade real.
Ainda mais grave neste retrocesso do Distrito é que se verifica no segundo ano em que o País alcança um crescimento do número de bebés.
No Distrito de Castelo Branco, em 2018, o Teste do Pezinho foi realizado a 1.049 bebés. Um valor bem distante daqueles que já obteve ainda não há muito tempo. Por exemplo, em 1985 e 1990 alcançavam-se os números mais elevados, com 1.904 testes, praticamente o dobro da atualidade. Depois, a partir de 1990 foi praticamente sempre a descer, com o ano de 2011 a registar 1.231 testes, sendo esse um ano de fronteira, porque em 2012 desceu para 1.097 testes e a partir daí nunca mais voltou a ultrapassar a barreira dos 1.100.
Por tudo isto a situação é preocupante e há que fazer algo para que este não seja, cada vez mais, um Distrito desertificado, com poucas crianças e jovens e muitos idosos.

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