O Núcleo Concelhio de Castelo Branco do Bloco de Esquerda (BE) afirma, em comunicado, que “na semana passada fomos confrontados com mais uma notícia sobre a Unidade Local de Saúde de Castelo Branco (ULSCB) com a decisão de encerramento do Serviço de Neurologia do Hospital Amato Lusitano (HAL), motivada por falta de médicos da especialidade”.
Por isso, tendo em atenção que tal acontece “num momento em que o Governo anuncia o aumento da dotação para o setor e o reforço da componente de recursos humanos”, considera que “é inadmissível assistir a mais uma brecha na capacidade de resposta do Serviço Nacional de Saúde (SNS)”.
Os bloquistas defendem que “a partir do momento em que o seu orçamento e plano de atividades anual é homologado pela tutela, as instituições do Serviço Nacional de Saúde não devem ficar dependentes de autorizações para a contratação de profissionais ou para a realização de pequenos investimentos”, bem como que “o SNS deve ainda ser excluído da aplicação da Lei dos Compromissos”.
Voltando a focar-se no caso do HAL destacam que “a gravidade e consequências da perda desta valência, aliada a outros episódios anteriores ao nível da gestão hospitalar, não auguram nada de bom e contrariam as propostas que sempre defendemos, de reforço do SNS”.
Tudo isto, para avançarem que “o aumento do orçamento do SNS tem que ser acompanhado do reforço da capacidade instalada, em consultas, cirurgias ou meios complementares de diagnóstico; mas também no desenvolvimento de novas respostas, com especial atenção para a saúde mental e saúde oral que continuam quase inexistentes no SNS. Deve traduzir-se ainda no aumento de profissionais e num ambicioso plano de investimentos que renove infraestruturas e reponha a tecnologia e os equipamentos necessários nos estabelecimentos do SNS”.
O Bloco de Esquerda recorda ainda “que no passado mês de novembro, tivemos conhecimento da notícia sobre o risco de encerramento da Maternidade do HAL também por falta de profissionais, neste caso na área de Ginecologia/Obstetrícia”.

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