O Bloco de Esquerda relembra, em comunicado, que dia 8 de dezembro se cumpriram oito anos desde a introdução de portagens na Auto-Estrada da Beira Interior (A23).
Os bloquistas defendem que a A23 “devia continuar a beneficiar do estatuto de autoestrada sem custo para o utilizador (SCUT)”, pois, como se sabe, é uma acessibilidade estruturante e estratégica para toda a mobilidade nos distritos de Santarém, Portalegre, Castelo Branco e Guarda. Desta forma, esta via sem portagens será um fator de coesão territorial e de promoção do desenvolvimento económico e social para várias regiões que enfrentam sérios problemas de isolamento, depressão e desertificação” e acrescentam que “em muitos dos troços da A23 foi construída sobre anteriores itinerários, noutros a circulação rodoviária é feita por dentro das localidades para quem não quiser utilizar a A23. Em termos de mobilidade, a implementação de portagens representou um grave retrocesso para os distritos de Santarém, Portalegre, Castelo Branco e Guarda”.
Para o bloco de Esquerda também “é necessário recordar que o atual Primeiro Ministro, António Costa, antes das eleições de 2015, prometeu eliminar as portagens nas ex-SCUT do Interior do País e no Algarve, mas até aos dias de hoje nada foi feito e até temos deputados eleitos pelo PS nas passadas eleições Legislativas de outubro nos distritos abrangidos pela A23 que asseguram que nada será feito para reverter a cobrança das portagens nesta via”.
Tudo isto para defender que “o que se impõe é abolir quanto antes as portagens na A23. É esta a proposta do Bloco de Esquerda, pois a sua continuação significa persistir no erro muito negativo para os distritos de Santarém, Portalegre, Castelo Branco e Santarém.

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