A InovCluster - Associação do Cluster Agroindustrial do Centro, o Centro de Apoio Tecnológico Agroalimentar (CATAA) e o Centro de Empresas Inovadoras (CEI), com o apoio da Câmara de Castelo Branco, organizaram, dias 27 e 28 de novembro, o congresso Inovaction que contou, entre outros pontos, com a apresentação da marca Queijos do Centro.
Na sessão de abertura, a secretária de Estado da Valorização do Interior, Isabel Ferreira, realçou que “para aumentar a possibilidade de sucesso destes territórios de baixa densidade é necessário avançar na perceção do seu autêntico potencial e ter a capacidade de ver as particularidades de cada região, bem como ver os constrangimentos como oportunidades”.
Isabel Ferreira considera também que nestes territórios o agroalimentar é importante, para avançar que “só as pessoas que estão nos territórios do Interior é que sabem perceber as especificidades dos seus territórios, o seu conjunto de condições únicas”, sendo que no caso do agroalimentar “a excelência dos seus produtos endógenos é muito importante para serem encarados como fatores de diferenciação positiva e como catalisadores do desenvolvimento do Interior”.
A governante sublinhou ainda que os produtos endógenos deve “estar associado mais conhecimento, tecnologia e inovação”, de modo a aumentar “a capacidade produtiva e a capacidade de industrialização”, pois “só assim permitirão a captação e fixação de pessoas”.
Anteriormente, a presidente da InovCluster, Cláudia Domingues Soares, tinha chamado a atenção para os “temas tão importantes” do congresso e acrescentou que partimos com a noção de dois verbos: cooperar e inovar”. Tudo para assegurar que a InovCluster, o CATAA e o CEI, “na última década, têm posto em prática a palavra cooperação”.
No que respeita à InovCluster avançou que tem por missão “estabelecer ligações de intercomplementaridade” e adiantou que “abrange oito fileiras agroalimentares, levando a cabo um trabalho em prol do setor”, que “é caracterizado, principalmente, por micro e pequenas empresas”.
Cláudia Domingues Soares afirmou ainda que a InovCluster já conta com “44 projetos apoiados por fundos comunitários, estando, atualmente, 14 em execução”.
Em matéria de projetos deu como exemplo o Cultivar, que é liderado pela Universidade de Coimbra e integra a InovCluster, o Instituto Politécnico de Castelo Branco (IPCB), o CEI e o Instituto Pedro Nunes, e que “vai contribuir para a captação e fixação de recursos humanos altamente qualificados” e que recebeu 2,3 milhões de euros de fundos europeus.
Por outro lado referiu-se à Valorização dos Queijos DOP da Região Centro liderada pela InovCluster e que envolve 14 entidades da Região Centro.
Já o presidente da Câmara de Castelo Branco, Luís Correia, começou por frisar que “sabemos que temos muitas potencialidades. Sabemos que temos oportunidades e também sabemos, por isso, que temos que ter a sensibilidade dos nossos governantes”.
Luís Correia evidenciou também “o esforço enorme no financiamento a várias instituições do Concelho, para que a inovação seja uma palavra de ordem”, para mais à frente defender que “não podemos apostar numa ou outra bandeira. Temos que apostar numa verdadeira estratégia de desenvolvimento. Não apenas numa política, mas em várias políticas de desenvolvimento e procurar a sua integração”.
Noutra vertente Luís Correia afirmou que “desde 2010 o CATAA já captou 10 milhões 900 mil euros e a “InovCluster, desde 2009, 13 milhões 655 mil euros”, concluindo que “Castelo Branco é uma referência no agroalimentar”.
António Tavares

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