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4 de dezembro de 2019

João Carlos Antunes
Apontamentos da Semana...

ESTA TERÇA PASSOU POR LISBOA a adolescente sueca ícone da luta jovem contra o caminho que conduz às alterações climáticas que vão trazer para o mundo que é a nossa casa, dramáticas consequências, algumas que já se sentem como irreversíveis como o degelo que está a fazer aumentar cada ano alguns milímetros o nível das águas do mar, o suficiente para afetar dramaticamente as populações costeiras e é tão certo já isto que por exemplo a Indonésia já está a pensar mudar a capital. E é bom ter presente nas nossas preocupações os milhões de desalojados que as alterações climáticas produzem já, as situações meteorológicas extremas que já sofremos e a que pelos media assistimos refastelados no sofá. Preocupantes sintomas de doença grave do planeta, que apenas os negacionistas da equipa de Trump, Bolsonaro e quejandos não valorizam. Greta Thunberg a adolescente que é amada e é inspiração de adolescentes e jovens de todo o mundo, mas que também é alvo de chacota e comentários insultuosos por um grupo apesar de tudo pouco numeroso, mas ruidoso, nas redes sociais, vai desembarcar em Lisboa, não vai ser recebida pelo Presidente da Republica (verdade!) mas terá contactos com parlamentares e terá muitos apoiantes à sua espera para embarcar de novo, agora no comboio que a levará a Madrid para participar na Cimeira COP25 organizada pela ONU para traçar caminhos urgentes que travem de alguma maneira as aceleradas mudanças climáticas. Espera-se que os cerca de 50 lideres mundiais, entre os quais se encontra o nosso primeiro ministro António Costa, não se fiquem desta vez apenas pelas intenções e que se tracem planos de ação de curto prazo. António Costa foi ambicioso. Sublinhou o dever imperioso de agir e lembrou que Portugal está na linha da frente com 54 por cento da eletricidade que consome com origem em fontes renováveis que não têm que ser caras, com a aposta de chegar aos 80 por cento até 2030; anunciou a aposta no hidrogénio verde, como energia limpa e apontou a necessidade de nos preocuparmos mais com os oceanos, que vão ser objeto de debate em conferência promovida pela ONU, a ter lugar em Lisboa, em 2020, os oceanos que são considerados também como o principal regulador climático. Da Cimeira de Madrid já saiu a promessa da presidente da Comissão Europeia de em breve apresentar uma lei europeia que torne a transição climática irreversível, que implica uma energia limpa e acessível e uma aposta exigente na biodiversidade. Parece que finalmente alguma coisa está a mudar.

ALGUMAS VEZES PENSO que estou a usurpar este espaço de escrita que define um pouco a linha por que se orienta a Gazeta do Interior na análise que faz da sociedade. Este espaço deveria continuar a ser do meu amigo Joaquim Martins, do Quim, se a morte não o tivesse levado do nosso convívio. A Gazeta e os amigos sentem a sua falta, a lucidez da sua palavra, as ideias claras que apresentava sempre de forma assertiva. Algumas vezes, na escolha dos temas a explanar aqui me apetece perguntar-lhe: Quim, sobre que escreverias tu? E ele responderia com certeza: meu caro, escolhe a linha de rumo, está atento à realidade, escreve de acordo com a tua linha de pensamento. Sê coerente. E é isso que tento ser cada semana, em homenagem ao meu saudoso amigo Quim.

04/12/2019
 

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