A Câmara de Vila Vela de Ródão aprovou um orçamento de 10 milhões 565 mil euros para 2020, registando assim um aumento de 3,38 por cento em comparação com o orçamento deste ano. Para esta variação positiva contribui, essencialmente, a previsão de aumento da receita ao nível das transferências de capital, decorrentes dos projetos da Loja do Cidadão, da valorização do Centro de Interpretação da Arte Rupestre do Vale do Tejo e da zona balnear da Foz do Cobrão.
A proposta de orçamento foi aprovada, por maioria, na reunião Câmara de 31 de outubro, registando-se a abstenção do vereador da Coligação Novo Rumo, Carlos Faria, tendo agora de ser submetida a votação em Assembleia Municipal.
O orçamento municipal para 2020 cumpre a regra do equilíbrio orçamental, verificando-se que a receita corrente bruta, de sete milhões 990 mil euros, é superior à despesa corrente, de sete milhões 160 mil euros, acrescida das amortizações médias dos empréstimos, no valor de 6.470 euros, originando desta forma uma poupança corrente no valor de 823.530.
O presidente da Câmara, Luís Pereira, explica que “à semelhança dos anos anteriores, foram cumpridos integralmente os limites ao endividamento e apostou-se numa gestão orçamental responsável e disciplinada, o que permitiu uma redução da dívida e a libertação de recursos para investimento, mesmo que num quadro de redução dos quadros comunitário”.
Assim, o Plano Plurianual de Investimentos (PPI) do município para 2020 contempla um montante de três milhões 405 mil euros, verificando-se um aumento do 0,15 por cento, em comparação com este ano.
Deste valor, 33,74 por cento, ou seja, um milhão 148.995 euros são dedicados à rubrica Habitação e Serviços Coletivos, a qual inclui a verba necessária à conclusão da obra de construção dos 18 fogos habitacionais, na Quinta da Torre Velha, em Vila Velha de Ródão, que se prevê que esteja concluída no próximo ano. Esta rubrica da despesa contempla ainda verba para a realização de obras de reabilitação de imóveis para disponibilização no mercado de venda/arrendamento, dando assim continuidade à política de fixação de população no Concelho, impelida pelo executivo desde o início do mandato.
O PPI para 2020 destina um valor de 270  mil euros para a concretização do projeto de valorização da zona balnear da Foz do Cobrão, segunda fase, da qual as obras arrancaram em outubro, e uma verba de 615.500 euros o arranque das obras de  remodelação e ampliação do Centro de Interpretação da Arte Rupestre do Vale do Tejo, mas que se  traduz num investimento global de um milha 95.500 euros, a concretizar num período de três anos. Esta intervenção pretende tornar aquele espaço museológico mais contemporâneo, atual e funcional e valorizar a riqueza patrimonial que constitui o Complexo de Arte Rupestre do Vale do Tejo.
O PPI contempla ainda uma verba de 311 mil euros para a instalação de uma Loja do Cidadão, num edifício da Câmara, que deverá acolher os serviços do Instituto dos Registo e Notariado, do Instituto da Segurança Social, da Autoridade Tributária e um Espaço Cidadão, e destina 250  mil euros para a requalificação da sede do Agrupamento de Escolas de Vila Velha de Ródão, um equipamento construído na década de 80 e que necessita de intervenções urgentes em toda a infraestrutura.

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