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27 de novembro de 2019

João Carlos Antunes
Apontamentos da Semana...

TENHO A DIZER QUE NÃO ME SINTO CONFORTÁVEL E SEGURO sabendo que um movimento de extrema direita está a contaminar e a capturar as instituições de segurança que estão mais próximas das populações. A manifestação que estas forças de segurança, através dos seus principais sindicatos, Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP) e Associação dos Profissionais da Guarda (APG) realizaram em Lisboa na passada quinta feira, decorreu felizmente de forma ordeira, num cenário de grande aparato para prevenir qualquer situação de violência e abuso. Mas da manifestação de capacidade de mobilização dos agentes, em luta por justos motivos, o que se destacou mais foi a ultrapassagem dos sindicatos por um movimento inorgânico, com uma liderança sem caras visíveis, anónimas. E o que vimos foi uma onda de manifestantes vestindo a camisola do movimento Zero, gritando o nome do movimento e, para que não restassem dúvidas sobre a ideologia que o orienta, uma grande maioria dos manifestantes que vestiam a tshirt branca fez o sinal que identifica o movimento, um símbolo que vem dos Estados Unidos da América dos movimentos de extrema direita, supremacionistas brancos, xenófobos e racistas. Mesmo que os aderentes do movimento tentem fazer passar que nem conhecem o significado (diga-se que o caso foi noticiado em vários meios de comunicação europeus) Finalmente, o que ficou patente foi a ligação deste movimento ao Chega de André Ventura. Que vestiu a camisola do movimento e subiu ao palanque para fazer comício aclamado por grande parte dos manifestantes, que gritou pelo seu nome. Uma ação que parece ter sido combinada com os anónimos lideres do Zero, perante o evidente mal estar dos lideres sindicais promotores da manifestação e aqui completamente ultrapassados pela situação criada. Eu vos digo, que não me sinto confortável, não estou tranquilo sabendo que as forças de segurança do meu País estão contaminadas por este vírus. Por muito justas que sejam as suas reivindicações. Pede-se que o Governo negoceie seriamente com os sindicatos, que as reinvidicações mais justas tenham resposta, para eventualmente esvaziar a força do Zero. E que se identifiquem e sejam responsabilizados os lideres, que a democracia não pode ficar desarmada.

NÃO HÁ VOLTA A DAR. Nós os portugueses somos assim. Se fosse um treinador espanhol ou um treinador inglês a orientar a equipa do Flamengo, no seu país teria direito a pouco mais que uma nota de rodapé. Aqui Jorge Jesus tornou-se num ápice herói nacional, tivemos tardes e noites em direto e com inúmeros comentadores a analisar o maior feito português no Brasil desde o tempo de Pedro Álvares Cabral. Com direito, pois claro, a condecoração pelo Presidente da República. Dei por mim a vibrar com o jogo, como se fosse um Sporting Benfica, que numa situação normal nem lembraria ver…. Não há volta a dar. Nós os portugueses somos assim.

27/11/2019
 

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