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20 de novembro de 2019

João Carlos Antunes
Apontamentos da Semana...

ESTA SEMANA MUITO SE FALOU DE EDUCAÇÃO. Não tanto sobre os problemas que afetam o dia a dia das escolas, não foi sobre o problema de haver ainda, com o primeiro período a chegar ao fim,  200 horários por preencher, principalmente em escolas da Grande Lisboa, uma situação que era usual nos finais dos anos setenta, princípio de oitenta; nem foi sobre a constatação de possuirmos um corpo docente envelhecido e cansado, mais que dos alunos, das burocracias que matam qualquer réstia de criatividade. É verdade que a Escola tem sido tema de abertura dos telejornais pela greve dos auxiliares de ação educativa que, inteligentemente, tocam no ponto mais sensível de qualquer pai, que é a segurança dos seus filhos.  Mas o que sobressaiu mais, decorrente do debate quinzenal na Assembleia da República, com direito a debates de televisão, foi a intenção do governo definir uma política educativa para o ensino básico que elimine a figura da retenção, vulgo chumbo. Logo meio mundo se dividiu, mesmo sem se conhecerem ainda as linhas de atuação para a prossecução do objetivo, com a direita a clamar aqui d’el rei que  isto é um desastre, o facilitismo a destruir as competências das futuras gerações. Alguns especialistas, retirando a ganga ideológica, têm posto a questão no seu verdadeiro lugar. Comece-se por pensar no aluno que chumba. Vai melhorar com a aplicação do castigo? Os professores sabem bem que não, que os chumbos, como acontecem hoje, pondo os alunos a ouvir e a trabalhar os mesmos conteúdos, mesmo os das disciplinas em que tivera sucesso não resolve habitualmente coisa alguma. O resultado natural é o desinteresse e o consequente aumento da indisciplina na sala de aula, resulta ainda num reforço da estratificação social entre a população escolar. É isso que queremos?  Mesmo passando a visão economicista que por aí possa transpirar, parece-nos que há que esperar pela apresentação do projeto do governo para  só então ser seriamente discutido e não como agora, a preto e branco. Na certeza que essas medidas só terão sucesso e razão de existência se as escolas forem dotadas de recursos humanos e materiais que vão custar alguns milhões. Mas que será um investimento produtivo, com retorno, disso não temos dúvida... 

20/11/2019
 

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