Os presidentes das câmaras de Castelo Branco e Vila Velha de Ródão, Luís Correia e Luís Pereira, respetivamente, revelam estar satisfeitos com a possibilidade da construção da Barragem do Alvito poder avançar.
Esta reação dos dois autarcas surge depois do ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, ter afirmado, dia 4 de novembro, no Jornal das 8, na TVI, que “temos de, num afluente do Tejo, o mais próximo possível da fronteira, e parece-me claro que é o Rio Ocreza, … temos de construir uma barragem, para podermos regularizar os caudais a partir de Portugal”.
Apesar do ministro não afirmar que se trata da Barragem do Alvito, tal subentende-se, com o tutelar da pasta do Ambiente a considerar que essa barragem pode ser o meio de evitar que situações de baixo nível de água no Rio Tejo, como a que está a acontecer, se repitam.
Luís Correia, em declarações à Gazeta do Interior, realça que recebe com “muito agrado” a possibilidade da construção da Barragem do Alvito avançar e sublinha que a afirmação do ministro do Ambiente “é um reacender da esperança , quanto à construção da Barragem do Alvito”.
O autarca Albicastrense reforça que “sempre defendemos a construção da Barragem do Alvito, numa perspetiva do turismo, das alterações climáticas e da economia da Região, ao que acresce a regularização dos caudais do Rio Tejo”.
Luís Correia frisa que “continuamos a defender a construção da Barragem do Alvito, que sempre foi uma bandeira nossa” e recorda que “sempre manifestamos, em todos os níveis, a defesa da construção da Barragem do Alvito”, para concluir que “o Governo está consciente do que é a nossa defesa”.
Também Luís Pereira, em declarações à Gazeta do Interior, considera que a “construção da Barragem do Alvito é estratégica do ponto de vista de reserva de água e no ponto de vista das alterações climáticas”.
O autarca Rodense realça, contudo, que “é fundamental que a Barragem do Alvito seja feita não para resolve os problemas do Ribatejo, mas tendo em atenção a Barragem do Fratel, de modo a dar resposta aos problemas que a albufeira do Barragem do Fratel tem” e defende que esse ponto “é inquestionável”, porque “não faz sentido a construção de uma infraestrutura que não resolva os problemas que temos no território”.
António Tavares

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