António Tavares
Editorial
Os problemas financeiros que os órgãos de Comunicação Social enfrentam é um tema que já foi inúmeras vezes abordado. O problema é tão grave que inclusive o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, já alertou para a situação e para a necessidade de encontrar soluções. Mas, até agora, nada foi feito.
Por isso nunca é demais recordar que a informação é um dos principais pilares de qualquer regime democrático, para que se faça algo antes que seja demasiado tarde, sendo que, então, os lamentos já de pouco ou nada valerão.
Vem isto a respeito da tomada de posse do Governo e do facto de este incluir uma novidade, pois conta com um secretário de Estado do Cinema, Audiovisual e Media. Assim, a partir de agora está nas mãos de Nuno Artur Silva fazer algo por um setor que é especial e que o novo governante conhece bem. Resta esperar que o Governo tome medidas, de modo a ultrapassar as dificuldades, para as quais já foram avançadas algumas soluções, porque o problema não se limita a Portugal. Aliás, vários países, em todo o Mundo, já reagiram e implementaram apoios públicos.
Por cá essa responsabilidade está também nas mãos dos deputados eleitos pelo Círculo Eleitoral de Castelo Branco. Na campanha para as Legislativas, PS e PSD reuniram com a Comunicação Social, para discutir o problema, revelando que o conheciam. A questão é se agora que já asseguraram os mandatos vão de facto fazer algo, ou se tudo não passou de demagogia eleitoralista.
Mas, nesta equação entram ainda os empresários e comerciantes locais, pois está também nas suas mãos ajudar quem apoia o desenvolvimento da Região. No Litoral do País há muitos e bons exemplos da aposta das empresas na Comunicação Social e, como em tudo, nunca é mau copiar o que é bom para se ter um Interior melhor para todos.