COM A PARTICIPAÇÃO DA SEMENTES VIVAS
AgriCultura semeia música e poesia em Idanha-a-Velha
Idanha-a-Velha, no Concelho de Idanha-a-Nova, recebeu, de 4 a 6 de outubro o encontro AgriCultura – Poesia e Música para Sementes, que aliou a música, à poesia, à agricultura e às sementes.
O encontro, organizado pela Câmara de Idanha-a-Nova e pelas Sementes Vivas, teve uma dimensão internacional, com participantes oriundos da China, Alemanha, Suíça, Espanha, Brasil, França e Portugal.
Para o presidente da Câmara de Idanha-a-Nova, Armindo Jacinto, o AgriCultura “permitiu demonstrar que devemos olhar para o setor primário como uma oportunidade de desenvolvimento, integrar novos conhecimentos e ensaiar novas abordagens”.
Armindo Jacinto considera mesmo que Idanha é “o território ideal para trabalhar a aproximação dos universos da agricultura e da cultura, por combinar o estatuto ecologista de bio-região, a primeira em Portugal, com o selo de Cidade Criativa da UNESCO, na área da Música”.
Durante três dias, reuniram-se em Idanha-a-Velha poetas, músicos, produtores e ativistas, numa partilha de conhecimentos, de performances artísticas e de experiências, para inovar na sustentabilidade e na prosperidade em meio rural.
O responsável da empresa Sementes Vivas, Stefan Doeblin, realçou que o “objetivo deste encontro é trazer o espírito do adufe, um instrumento que hoje é usado em manifestações culturais, de volta para os campos, onde outrora a música era uma presença permanente”.
A Sementes Vivas, premiada por inovar na agricultura biológica e biodinâmica, em particular na produção de sementes, procurou demonstrar que elementos como a poesia e a música podem estimular o trabalho no campo, o bem-estar e a qualidade de vida das pessoas, com Stefan Doeblin a afirmar que, “por vezes, convidamos um grupo de adufeiras para visitar a nossa quinta e ajudar-nos durante o dia de trabalho, com a energia da sua música, dos seus cantares e dançares, uma experiência que evidencia a ligação umbilical entre a música e o labor do campo”.
Assim, o encontro internacional desenvolveu durante três dias um laboratório da celebração física e espiritual da sementeira e da colheita, da alimentação e da nutrição.