O Partido Social Democrata (PSD) apresentou, na passada sexta-feira, 6 de setembro, no Centro Geodésico de Portugal, em Vila de Rei, a lista de candidatos às Legislativas de 6 de outubro, pelo Círculo Eleitoral de Castelo Branco.
A cabeça de lista do PSD, Cláudia André, constatou que “uma boa parte do nosso distrito está desaproveitada, abandonada e sem qualquer estratégia”. Salientou que o programa eleitoral do PSD faz referência ao crescimento económico que “gera mais riqueza e melhores oportunidades”. A candidata, natural do Concelho da Sertã, não tem dúvidas de que todo o território do Distrito de Castelo Branco “pode gerar muito mais riqueza” e que “é sem dúvida nenhuma um potencial desaproveitado que Portugal precisa de reconhecer e onde tem que investir”. Desta forma, Cláudia Andréì aponta como prioridades a floresta, a agricultura, o turismo e a energia, setores onde se pode criar emprego qualificado.
No final da intervenção comprometeu-se a trabalhar pelo Distrito, mas garantiu que “não contem comigo para guerras, não contem comigo para promessas vãs. Contem comigo para lutar pelo futuro do Distrito, para que daqui a quatro anos esteja melhor do que hoje.”
Luís Filipe Santos, presidente da Distrital de Castelo Branco, desafiou Hortense Martins, cabeça de lista do Partido Socialista (PS) e deputada, a fazer prova do trabalho feito em defesa do Interior e da Região, ao avançar que “apresente factos do que diz, legislação, datas e números, não se refugie em lugares comuns, palavras de circunstância, nem delegue as suas responsabilidades a mensageiros de circunstância”.
Acrescentou que “enquanto o PS criava uma Secretaria de Estado em Castelo Branco, o PSD criava o estatuto de território de baixa densidade, enquanto o PS dançava a dança dos anúncios de obra prometida, mas inacabada ou nem sequer começada, o PSD apresentou a proposta de criação de Estatuto Fiscal para os territórios de baixa densidade”, para destacar o trabalho feito pelo PSD no Parlamento e criticar os anúncios do PS.
A visita do Primeiro Ministro, António Costa, a Vila de Rei, no âmbito do roteiro pela Nacional 2, mereceu também a atenção de Luís Filipe Santos ao referir que “nós não passamos por quem precisa em alturas de campanha, o PSD está cá todos os dias a trabalhar pelas regiões que os outros esquecem”.
O número dois da lista do PSD relembrou ainda que “a Barragem do Alvito e a abolição das portagens na A23 foram prometidas em campanha eleitoral, há quatro anos, mas não se concretizaram”.
O vice-presidente do PSD, David Justino, acusou o PS de se achar “dono do Estado”. Referiu-se diretamente às relações familiares no Governo e criticou o “circo mediático”, que “lançam o concurso e faz-se uma festa, depois vai-se ao terreno, põe-se a primeira pedra e faz-se outra festa, depois faz-se o concurso e ainda há situações em que se lança o concurso claramente deflacionado para ninguém lhe querer pegar”. David Justino lançou o desafio a António Costa de que “gostava de o ver inaugurar obra feita e paga”.
Já o mandatário da lista do PSD, José Carlos Gonçalves garantiu que os candidatos do PSD “são pessoas comprometidas com o Distrito e trazem uma lufada de ar fresco para a representatividade parlamentar”, afirmando ainda que além das diversas áreas profissionais, “os nossos candidatos são profundos conhecedores das realidades e dificuldades que o nosso Distrito enfrenta”.
Márcia Caldeira Nunes, vice-presidente da JSD, destacou o subfinanciamento das instituições de Ensino Superior do Distrito, UBI e IPCB, e acusou o Governo de “não tratar todo o território de forma igual”, facto que considera ser discriminatório para a Região.

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