A cabeça de lista da Coligação Democrática Unitária (CDU) às Legislativas de 6 de outubro pelo Círculo Eleitoral de Castelo Branco, Ana Maria Leitão, apresentou as razões da sua candidatura , adiantando que “prendem-se com a consciência de que apesar dos avanços conseguidos pela luta dos trabalhadores e pela intervenção decisiva dos deputados do PCP e do PEV, persistem graves problemas económicos, sociais e ambientais causados pela política de direita e pelos constrangimentos externos a que o Governo do PS continua a amarrar o País, e uma enorme vontade individual e coletiva para prosseguir a luta pela sua resolução. Falamos dos baixos salários, reformas e pensões; da exploração e ataque aos direitos dos trabalhadores; do desemprego e trabalho precário; da degradação e extinção de serviços públicos; dos fracos apoios à produção cultural e ao movimento associativo; das limitações impostas ao poder local democrático, incluindo a extinção de freguesias; da imposição e manutenção de portagens na A23, ou seja, dos problemas que têm contribuído para uma redução demográfica perigosa, para o despovoamento, o abandono e que, a par do desordenamento florestal, continuam a alimentar o flagelo dos incêndios”. Tudo para realçar que “a CDU nunca se resignou. Pelo contrário, sempre exigiu respostas e apresentou propostas de solução, mais do que qualquer outra força política, mesmo sem qualquer deputado eleito pelo Círculo Eleitoral de Castelo Branco”.
Mais à frente Ana Maria Leitão assegura que “continuaremos a exigir a abolição das portagens na A23 e a construção das ligações de Idanha e Penamacor à A23, do IC 31 e do IC6 com o túnel de Alvoaça, livre de portagens e um programa de requalificação das vias municipais e intermunicipais. Exigiremos a implementação e ampliação dos passes sociais intermodais. Prosseguiremos o combate pela melhoria de acessibilidades e do transporte ferroviário e a conclusão da requalificação da Linha da Beira Baixa. Exigiremos a resolução da situação da escombreira de material resultante da mineração no Cabeço do Pião, contra a tentativa de desresponsabilização do Estado e a exploração de recursos minerais que não salvaguarde aspetos sociais e ambientais. Prosseguiremos a luta pela água pública, combatendo as concessões e as agregações dos serviços municipais de abastecimento de água e na defesa de uma gestão sustentável dos recursos hídricos, assim como da floresta. Defenderemos o reforço dos meios destinados ao Ensino Superior Público da região. Estaremos ao lado do reforço do poder local democrático, exigindo uma efetiva descentralização e a concretização da regionalização. Lutaremos pelo direito à cultura enquanto pilar do sistema democrático”.
A candidata recorda ainda que “temos trabalho feito”, ao realçar que “a comparação com outros partidos na atividade global dá uma folgada vantagem ao grupo parlamentar do PCP (com 17 deputados), mas o conhecimento da atividade do PCP no Distrito (apesar de não termos eleito qualquer deputado nas últimas eleições) leva-nos a questionar o que os outros (com e sem deputados) fizeram. Sobre o nosso distrito, a CDU apresentou 32 Projetos de Lei, 43 Projetos de Resolução, fez mais de 70 perguntas e requerimentos e mais de 60 visitas, reuniões e encontros, abordando aspetos relacionados com a produção nacional e a defesa dos setores produtivos, a defesa dos direitos dos trabalhadores, a defesa das funções sociais do Estado, o acesso à habitação e à justiça, a cultura, bem como a proteção e conservação da natureza”.

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