Rui Rio destaca descoordenação no combate aos incêndios
O presidente do Partido Social Democrata (PSD), Rui Rio, deslocou-se na passada segunda-feira, 29 de julho, à Zona do Pinhal, onde reuniu com os presidentes das câmaras de Vila de Rei e da Sertã e com o vice-presidente da Câmara de Mação, que relataram as dificuldades sentidas pelos bombeiros e restantes forças de intervenção.
Rui Rio afirmou, no final do encontro, que os autarcas lhe transmitiram que “houve uma assinalável descoordenação e desorganização” no combate aos incêndios que atingiram Mação, Vila do Rei, Sertã e adiantou que “o que aqui me disseram não está de acordo com o que o Governo tem dito. Houve uma assinalável desorganização no combate aos incêndios. O ministro da Administração Interna tem dito que está tudo bem no que diz respeito ao combate e prevenção, que está muito melhor desde os incêndios de 2017. Mas, infelizmente, não é isso que se passa. Até pode haver mais meios de combate, mas com tudo desorganizado e descoordenado esses meios não são otimizados e o resultado é um incêndio desta dimensão. Os autarcas tiveram a oportunidade de ver tudo isto no terreno”.
Rui Rio criticou ainda o facto do Governo ter atirado a responsabilidade para terceiros, ao realçar que “vai responsabilizando para que no fim a culpa não seja dele”, para quem a demissão do secretário de Estado Adjunto não pode significar o desfecho do assunto, quer da descoordenação do combate aos incêndios, quer da compra e distribuição de golas inflamáveis.
Sobre esta matéria o líder do PSD referiu que “há muitas situações em cima da mesa para averiguar”, apontando que há “uma empresa do setor do turismo constituída há poucos meses, mas que vende golas inflamáveis para usar durante os incêndios. A mesma empresa pertencer a um familiar de uma autarca do Partido Socialista. E, para agravar a situação, vende as golas a preços superiores aos praticados no mercado. Se as notícias forem assim, isto é muito grave, é gravíssimo”.