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24 de julho de 2019

FOGO DE VILA DE REI – MAÇÃO
Chamas consomem mais de 9.500 hectares

O Distrito de Castelo Branco registou, até ao momento, o maior incêndio florestal no País, este ano.
Com as temperaturas elevadas, vento e pouca humidade relativa no ar, desde o passado sábado, 20 de julho, o Distrito foi palco, quase em simultâneo, de fogos que tomaram grandes proporções, que afetaram, mais uma vez,a Zona do Pinhal.
O alerta para o primeiro grande fogo foi dado às 14h47, com as chamas a surgirem na Rolã, no Concelho da Sertã.
Apenas três minutos depois, às 14h50, era dado um novo alerta, desta vez na Fundada, no concelho vizinho de Vila de Rei.
Em qualquer de casos foram mobilizados para o teatro de operações um elevado número de operacionais, apoiados por meios terrestres e aéreos, o que não conseguiu evitar a progressão das chamas a um ritmo muito rápido, colocando em sobressalto as populações de muitas localidades dos dois concelhos que, a exemplo do que já aconteceu em anos anteriores, voltava a ter o monstro do fogo a destruir tudo à sua passagem e a chegar à portas das casas.
Aliás, a rápida evolução das chamas levou a que várias localidades tivessem de ser evacuadas, por uma questão de precaução, de modo a salvaguardar a ocorrência de feridos, ou mesmo mortos.
Dos dois incêndios, o que se viria a revelar mais complicado, foi o de Vila de Rei, que do Concelho de Vila de Rei, avançou para o Concelho de Mação, já no Distrito de Santarém, atingindo, principalmente, a parte deste concelho que não tinha sido consumida pelas chamas no grande incêndio de 2017.
Aquele que ficou conhecido como o incêndio de Vila de Rei – Mação, que só foi dominada ontem, terça-feira, 23 de julho, chegou a ter mais de mil operacionais no terreno e, de acordo com dados revelados pelo Sistema Europeu de Informação de Incêndios Florestais (EFFIS), ao longo dos quatro dias consumiu mais de 9.500 hectares.
Neste incêndio houve também a registar 17 feridos, um dos quais grave. Tratou-se de um homem, que no Vale da Urra, no Concelho de Vila de Rei, sofreu queimaduras, que obrigaram à sua evacuação, de helicóptero, para o Hospital de São José, em Lisboa, onde ao final da tarde de ontem, terça-feira, continuava internado, estável, em coma induzido.
Uma evacuação que gerou alguma polémica, devido ao tempo que levou até que fosse concretizada.
Perante isso o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) esclareceu ontem, terça-feira, que “em função da informação recebida, o CODU acionou no imediato a Ambulância de Suporte Imediato de Vida (SIV) de Tomar, meio diferenciado do INEM que naquele momento se encontrava mais próximo da localização do ferido. De notar que esta SIV foi um dos meios de emergência preposicionados pelo INEM em Vila de Rei, especificamente para apoio ao incêndio que assolava a região. A Equipa da SIV iniciou a assistência médica pré-hospitalar ao doente às 22h01, ou seja, apenas seis minutos após o pedido de ajuda ao CODU e não as cerca de quatro horas que têm sido referidas em algumas notícias. O CODU acionou, adicionalmente, a Viatura Médica de Emergência e Reanimação (VMER) do Médio Tejo/Abrantes”.
É também esclarecido que “pelas 22h17, e antecipando a necessidade de evacuação do doente por via aérea, o CODU estabeleceu contacto com o comandante do helicóptero de Santa Comba Dão para saber se existiriam condições de voo para a operação. O CODU iniciou, em simultâneo, o processo de confirmação de vagas em Unidades Hospitalares, procedimento que é sempre realizado em missões de helitransporte. O CODU acionou o helicóptero de Santa Comba Dão, que levantou voo cerca das 23 horas, e informou que o Hospital de destino era São José, em Lisboa. Em simultâneo foram iniciados os procedimentos de articulação entre entidades com responsabilidade na preparação do local de aterragem da aeronave. Pelas 23h43, o comandante do helicóptero de Santa Comba Dão informou o CODU que não existiam condições de segurança para aterragem no Centro de Meios Aéreos (CMA)/Aeródromo das Moitas. Em função da informação recebida, o CODU questionou sobre a possibilidade do helicóptero sobrevoar a zona, para tentar encontrar uma nova alternativa para aterragem. O comandante do helicóptero informou que a aeronave entretanto perdera autonomia para realizar a viagem até Lisboa, tendo que regressar à base, em Santa Comba Dão”, sendo realçado que “o INEM cumpriu, rigorosamente, com todos os procedimentos necessários para utilização deste Centro de Meios Aéreos”.
No esclarecimento do INEM pode ainda ler-se que “importa abrir um parêntesis para explicar que o INEM não tem qualquer interferência na decisão de aterragem dos helicópteros, que compete exclusivamente ao comandante da aeronave. Todas as questões relacionadas com a operação aeronáutica são responsabilidade da empresa contratada para o efeito, cuja operação tem de ser efetuada nas condições estabelecidas nos normativos legais aplicáveis”.
Tudo isto para avançar que “às 23h56 o médico da VMER Médio Tejo/Abrantes e o médico regulador do CODU equacionam o transporte por via terrestre, tendo por base o estado de saúde do doente. Foi entendimento médico que o helitransporte serviria melhor as necessidades assistenciais do doente, que, reforça-se, se encontrava devidamente estabilizado e acompanhado pelas Equipas Médicas do INEM. Às 00h05 o CODU acionou o helicóptero de Évora e, cerca de 40 minutos depois, o helicóptero aterrou no Campo de Futebol de Proença a Nova, onde já se encontrava o doente, acompanhado pelas equipas médicas do INEM”, concluindo que “o doente deu entrada no Hospital de São José às 03h02, onde ainda se encontra, a evoluir favoravelmente”.
O INEM destaca que “o doente esteve sempre, desde o primeiro momento, acompanhado por equipas médicas do INEM, altamente diferenciadas, que o estabilizaram no imediato e assim mantiveram até entrega à Unidade de Saúde de destino; a situação descrita teve lugar num cenário de incêndio de grandes dimensões, limitando naturalmente as con- dições de atuação das equipas de emergência médica pré-hospitalar, no caso concreto as relacionadas com a operação aeronáutica; o CODU equacionou o transporte do doente por terra, mas tratando-se de um doente crítico (queimado grave) que demoraria cerca de 2h30m em viagem até Lisboa, foi entendimento médico que a melhor alternativa seria o helitransporte; o critério “tempo” assume um caráter relativo quando se trata de doentes críticos, cuja estabilização clínica é prioritária e implica um conjunto de procedimentos morosos e delicados, sem os quais o helitransporte não pode ser efetivado. Refira-se que estes doentes têm que ser transportados em condições muito particulares”.

24/07/2019
 

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