24 de julho de 2019

INAUGURADA NA RECÉM-QUALIFICADA ALAMEDA DO CANSADO
Uma fábrica que tem muita criatividade

A requalificação da Alameda do Cansado e a Fábrica da Criatividade foram inauguradas na passada sexta-feira, 19 de julho, numa cerimónia que contou com a presença do ministro Adjunto e da Economia, Pedro Siza Vieira.
Uma dupla inauguração que o presidente da Câmara de Castelo Branco, Luís Correia, afirma ser motivo de “orgulho e satisfação”.
O autarca destacou depois que “Castelo Branco tem uma estratégia clara, que tem com o principal objetivo tornar o Concelho cada vez melhor, para se viver, visitar e investir. Por isso apostamos em todas as áreas de uma forma transversal, para, assim, ter um concelho com uma economia forte e cada vez mais competitiva, com coesão social, moderno e dinâmico”.
Acrescentou ainda que “ao nível do turismo e dinamização económica apostamos, essencialmente, em três pilares, que são a cultura, o sabor e a natureza”. Matéria em relação à qual recordou que “construímos uma rede de museus ímpar a nível nacional, temos uma agenda cultural diversa equiparada aos grandes pólos urbanos, temos um plano de eventos que abrange todo o Concelho e criamos infraestruturas de apoio a atividades da natureza”.
Destacou igualmente que “procedemos a uma requalificação urbana profunda, criamos vários espaços que tornam Castelo Branco uma cidade cada vez mais verde, como é exemplo a requalificação da Alameda do Cansado, que implicou um investimento de 800 mil euros”.
Não deixou também de relembrar que “criamos a nova marca Castelo Branco”, para sublinhar que “tudo isto não nos vale se não tivermos pessoas e, para o conseguirmos, temos que criar oportunidades de emprego, com uma aposta clara no desenvolvimento do tecido empresarial”, pelo que, continuou, “para o impulsionarmos criamos um conjunto de infraestruturas que apoia as empresas, os empreendedores, de forma a que consigamos mais postos de trabalho qualificado e tenhamos mais investimento”, não perdendo a oportunidade de se referir a InovCluster, ao Centro de Apoio Tecnológico Agroalimentar (CATAA) e ao Centro de Empresas Inovadoras (CEI), no qual “já temos mais de 100 postos de trabalho qualificado”.
Tudo isto, para recordar que “em 2014 pensamos a Fábrica da Criatividade com o objetivo de ter uma cidade cada vez mais criativa, onde as áreas ligadas à criatividade fossem uma constante”.
Isto, porque, confessa, “estamos cientes da dificuldade em transformar projetos ligados às artes em projetos empreendedores e, por isso, esta infraestrutura terá uma forte ligação ao CEI, de forma a impulsionar o empreendedorismo nas áreas criativas”.
Luís Correia destacou também que “já somos a terceira maior fábrica de músicos do País. Mas queremos mais” e avançou que a Fábrica da Criatividade “é um espaço que diferencia Castelo Branco, pelo seu caráter único no País e porque é muito mais que um local onde a cultura nasce. É onde ela ganha forma”.
Assegurou que “com este equipamento queremos fixar quadros qualificados e queremos que aqui, os alunos da Escola Superior de Artes Aplicadas (ESART), bem como de outras escolas, encontrem oportunidades para desenvolverem as suas atividades e se fixem em Castelo Branco”.
O autarca frisou que “este é um espaço ao serviço da cultura, do empreendedorismo e da educação. São 2.500 metros quadrados em que investimentos mais de dois milhões de euros e que desde que está em funcionamento já teve mais de três mil visitas, conta com 34 projetos instalados e 70 pessoas registadas que utilizam regularmente o espaço”.
Luís Correia afirmou que a Fábrica da Criatividade “pretende ser a plataforma de concentração de várias valências que estimula a cooperação entre as diversas áreas de produção artística, artes performativas, artes plásticas, design, artes digitais e moda e tal como numa fábrica industrial permitirá criar produtos ao nível das indústrias criativas, prontos a entrar no mercado. Um espaço moderno um fomentamos o aparecimento de novos projetos nas áreas das indústrias criativas, de forma a que se desenvolvam as vertentes cultural, artística e económica”.
E destacou que “aqui é possível partilhar ideias e recursos num espaço flexível e multidisciplinar, onde se podem encontrar soluções para o desenvolvimento de projetos criativos”.

Ministro elogia projeto
Presente na cerimónia, o ministro Adjunto e da Economia, Pedro Siza Vieira, afirmou que “quando pensamos naquilo que faz uma sociedade moderna, inovadora, aberta ao mundo e disponível para a mudança, sabemos que é na área da cultura e da criatividade que ela se manifesta particularmente”.
Isto para adiantar que “as populações mais qualificadas, jovens que estudaram aqui, ou fora, que têm oportunidade de trabalho em qualquer parte da Europa, para não dizer no Mundo, querem viver em sítios abertos à diversidade, onde se confrontem com ideias criativas, possam beneficiar de um ambiente que fervilha de energia criativa, que só os produtores culturais conseguem trazer”.
Assim, garantiu que “não existem cidades que se queiram afirmar no mundo global que não abracem a cultura e a criatividade. É a partir da energia que os criadores trazem que os territórios se transformam. A energia que impulsiona os empreendedores manifestasse também na criação artística, nas artes performativas, na capacidade de interagir com a comunidade e dar-lhe estímulos de transformação, sem o qual os territórios não mudam, não se abrem ao Mundo”.
Tudo isto para assegurar que, “aqui, em Castelo Branco, temas uma escola superior de artes que produz e contribui naquilo que verdadeiramente transforma as sociedades e a capacidade de se encontrar nas cidades, nas comunidades, espaço para os criadores, para produzirem, para testarem, para experimentarem ideias que podem estimular as atividades económicas que tenham um espaço onde possam acontecer. É um símbolo de uma economia desenvolvida, de uma sociedade aberta e inovadora”.
Por isso, continuou, “um espaço como este é muito importante”, porque “as pessoas gostam de estar no sítio onde as coisas acontecem, são atraídas para as cidades porque há lá criadores. Não é só o emprego. Não é só a qualidade de vida. É também a capacidade de nos sentirmos parte, cidadãos de um mundo que é cada vez mais aberto e mais estimulante do ponto de vista criativo. Uma cidade que abraça os criadores, que dá espaço e potencial aqueles que procuram vir para aqui, é uma cidade que se abre ao Mundo, para outro tipo de ambição”.
António Tavares

24/07/2019
 

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