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24 de julho de 2019

João Carlos Antunes
Apontamentos da Semana...

IA UM VERÃO ESTRANHAMENTE AMENO, contrariando as previsões de meteorologistas, quando à primeira onde de calor eis que volta o inferno às terras da Beira. Quando se julgava que tudo já tinha ardido nas terras do Pinhal eis que um grande incêndio volta a por de negro aquelas terras mártires, a aterrorizar as populações que defendem como podem os seus haveres, numa luta desigual algumas vezes perdida. É com dor que se assiste à dignidade misturada com algum desânimo com que os idosos contam como perderam todas as alfaias agrícolas e todas as terras de onde tiravam algum rendimento. E há queixas de falta de efetivos no combate às chamas, sabendo-se que seria irrealizável que junto de cada casa ou morador houvesse uma equipa de bombeiros com meios. Desta vez parece que o SIRESP funcionou, até agora um ferido grave, um morador que quis salvar o seu trator e não há muitos casos de habitações destruídas. Ao menos valha-nos isso. Sem esquecer que ainda há muitas coisas a melhorar, registamos o tempo de antena que nestas ocasiões ganham especialistas na matéria. Ouvimos um que questionava o fato de ainda pouco se ter avançado no ordenamento da floresta, como se a estrutura fundiária do país se pudesse reformar com um simples clic. Será tarefa a realizar-se obrigatoriamente mas que irá estender-se por várias décadas, sempre focados na realidade sustentada num país do sul da Europa, já marcado pelas alterações climáticas e pelo despovoamento e abandono dos campos, onde todos os anos haja o que houver, o fogo nos fará companhia. Que as políticas de prevenção e combate minimizem ao máximo os custos sociais, económicos e humanos é o que se deseja. Alguma coisa já foi feita, o plano Aldeia Segura funcionou, alguma coisa se aprendeu da tragédia de há dois anos. Felizmente que se constatou que o aproveitamento político da tragédia não traz benefícios eleitorais e já não se viu agora a procissão de políticos ao cenário da tragédia, com as chamas ainda a lavrarem. Até o Presidente Marcelo respeitou a sugestão dos técnicos: só visitará a zona afetada depois de tudo estar apagado.

O PARTIDO CONSERVADOR INGLÊS já escolheu o seu líder, que será também o sucessor de Theresa May, o novo inquilino do número 10 de Downing Street. Com a escolha de uma personalidade tão controversa, que pretende ser uma espécie de Trump à europeia, uma admiração que é mútua, Boris Johnson tem um percurso de vida na política e no jornalismo que não augura nada de bom. Ao contrário do que anuncia no discurso de vitória, a sua excentricidade e radicalismo darão muito poucas condições para unir os ingleses. A ver vamos como, depois desta aventura, deixará o Partido Conservador, o Reino (pouco) Unido e como tudo isto afetará a Europa.

24/07/2019
 

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